quarta-feira, 12 de abril de 2017

MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DA FILARIOSE LINFÁTICA


Camila Moraes de Oliveira¹, 
Danielly Mendonça¹, 
Eliade Monteiro¹

A filariose linfática é uma doença parasitaria crônica, transmitida pela Wuchereira bancrofi, (filaria). Popularmente conhecida como elefantíase, sua transmissão se da através da picada do mosquito, que transmite o parasita para o ser humano.

Na fase aguda podem aparecer fenômenos inflamatórios, entre eles inflamações dos vasos linfáticos e linfangite, além de sintomas gerais como febre, dor de cabeça, mal estar, entre outros (FONTES, 1996).

Mais tarde por um período de meses ou anos, os pacientes podem apresentar inchaço de membros, e/oumamas no caso de mulheres, e inchaço por retenção de líquidos dos testículos no caso de homens.

 Doenças infecciosas da pele são frequentes a presença de gordura na urina são outras possíveis manifestações. Pode ainda haver evolução para formas graves e incapacitantes de elefantíase (aumento excessivo do tamanho dos membros); linfadenites (pele avermelhada e sensação de calor).

A filariose linfática é uma doença parasitaria crônica, transmitida pela Wuchereira bancrofi, (filaria). Popularmente conhecida como elefantíase, sua transmissão se da através da picada do mosquito, que transmite o parasita para o ser humano.

Através da metodologia de revisão bibliográfica, foram levantados alguns métodos diagnósticos utilizados na busca ativa de casos positivos de filariose nas comunidades de risco e realizados nos centros de referência da filariose, são eles:

Diagnósticos parasitológicos - Gota espessa ou GE, onde é colhido sangue por capilar digital, à noite, em seguida a amostra é fixada e corada e posteriormente analisada pelo o microscópio, com essa técnica pode ser visualizadas as microfilárias; o individuo com resultado positivo é caracterizado como microfilarêmico.

Microfilária.
 Fonte e foto: invivo Fundação Osvaldo Cruz – Fiocruz


Filtração em membrana de policarbonato ou filtração noturna ou FN também é um método diagnóstico realizado a noite, onde é realizada uma punção venosa periférica, onde o sangue é passa posteriormente é transferido para uma membrana de Milipore ou Nuclepore, após realizada essa filtração é feita uma leitura ao microscópio para a visualização. Essa técnica pode identificar individuo com baixa parasitemia que não foi identificada anteriormente pela gota espessa (ROCHA, 2004).

Diagnóstico imunológico – teste de imunocromatrografia ou ICT card test, amplamente implantado por órgãos de saúde pública, sendo caracterizado com padrão ouro pela OMS, é um teste rápido com resultado em 10 minutos, que consiste em uma punção capilar digital e colocada no cartão com marcadores de antígeno filarial e é identificado ou não a positividade através da reação colorométrica. O ICT possui alto custo e sua fabricação é feita fora Brasil.

  Ict card test realizada na população de Sapucaia.
Fonte e Foto: Secretaria de Saúde de Olinda.

Diagnóstico molecular – Reação em cadeia da polimerase ou PCR é uma técnica da genética e biologia molecular de alta sensibilidade que detecta o DNA do parasito, mesmo que o individuo apresente baixíssima microfilaremia.

Diagnóstico por imagem – Ultra-sonografia ou USG é possível visualizar vermes adultos vivos nos vasos linfáticos na chamada “dança da filaria” (AMARAL et al, 1994).

Verme adulto de Wuchereria bancrofti.
Fonte e foto: invivo Fundação Osvaldo Cruz- Fiocruz

            Um diagnóstico rápido e com custo-benefício é o diferencial na vida das pessoas acometidas por esse agravo, pois trás resultados eficazes para que seja realizado o tratamento adequado e evite posteriormente o desenvolvimento de morbidades e agravos a sua saúde.

 Graduandas do curso de  Bacharelado em Enfermagem, Faculdade Integrada de Pernambuco- FACIPE

REFERÊNCIAS 

AMARAL, F., DREYER, G., FIGUEIREDO-SILVA, J., NORÕES, J., CAVALCANTE, A., SAMICO, S. C., SANTOS, A., COUTINHO, A. LIVE AULT WORMS DETECTED BY ULTRASONOGRAPHY IN HUMAN BRANCROFTIAN FILARIASIS. AMERICA JOURNAL OF TROPICAL MEDICINE AND HYGIENE, v.50, p.753-757, 1994.
FONTES, G. ASPECTO EPIDEMIOLÓGICO DA FILARIOSE LINFATICA, REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, BELO HORIZONTE-MG, BRASIL,1996.
ROCHA, A. FILARIOSE BRANCONFTIANA: AVALIÇÃO DOS TESTES DE DIAGNÓSTICO DISPONÍVEIS FRENTE AS DIVERSAS FORMAS CLINICAS DA BRANCOFTOSE. TESE DE DOUTORADO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. INSTITUTO OSVALDO CRUZ, RECIFE, 2004.
 Fonte :wwwtodabiologia.com/doença/filariose.htm.24/03/2017.


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