domingo, 19 de junho de 2016

Perda de audição atinge com frequência operadores de Call Center

É fato que quem trabalha em alguns segmentos da indústria, aeroportos, emissoras de rádio, gravadoras e até mesmo na carreira musical está mais propenso à perda gradual de audição, por causa dos altos ruídos a que os ouvidos estão expostos diariamente. Cada vez mais um número maior de trabalhadores engorda as estatísticas de deficiência auditiva. Até mesmo operadores de call center podem ter o sistema auditivo comprometido, já que passam de seis a oito horas usando fones de ouvido unilaterais.
O setor de telemarketing cresceu de maneira rápida no Brasil, absorvendo centenas de milhares de pessoas e transformando-se no maior empregador na área de serviços. A grande maioria dos funcionários é jovem, que terminou o ensino médio ou cursa uma universidade, e precisa exercer a função para pagar os estudos ou complementar a renda familiar. Mas se o teleatendimento gera oportunidades de trabalho, também pode trazer riscos à saúde, entre eles a perda de audição, conforme comprovam estudos.
A PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído) é um mal que pode atingir todos os trabalhadores expostos a sons acima de 80 decibéis. Pode ser considerada uma doença ocupacional e vem chamando a atenção principalmente dos médicos otorrinos e fonoaudiólogos. A SBO (Sociedade Brasileira de Otologia) aponta que cerca de 35% das perdas da audição no país são consequência de sons intensos presentes no ambiente de trabalho.
O que mais preocupa os especialistas, em relação aos operadores de telemarketing, é o uso do fone de ouvido unilateral com volume variando de 60 a 90dB. Esse equipamento pode causar danos irreversíveis à audição se não for usado corretamente. Estudos comprovam que muitos desses trabalhadores desenvolvem primeiro perdas auditivas unilaterais progressivas, tornando-se depois bilaterais.
A fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas, dá orientações para evitar o mal. “O operador de telemarketing precisa sempre fazer o revezamento do fone do ouvido direito para o esquerdo; dar pausas de pelo menos 10 minutos para cada hora de trabalho; e manter o volume baixo, em torno de 60 decibéis, nível normal de uma conversa. Além disso, deve realizar exames audiométricos anualmente para checar seu nível de audição”, aconselha.
Com relação ao uso correto do headset – tipo de fone utilizado no call center –, muitos operadores dizem que não fazem a troca de ouvido por hábito, por sentirem maior conforto em determinada orelha ou ainda por terem a sensação de ouvir melhor de um lado do que de outro. O uso excessivo do fone em apenas um ouvido pode esgotar a energia mental.
Outro grave problema constatado é que a maioria dos funcionários de call center prefere aumentar o volume do headset para ouvir melhor o cliente, visto que normalmente o ambiente de trabalho é bastante ruidoso. Tais descuidos podem prejudicar a audição do profissional, comprometendo a qualidade de seu trabalho e seus anseios de uma futura melhoria profissional.
“É de fundamental importância que haja um controle rígido quanto às medidas preventivas em relação à saúde auditiva do operador de call center. No entanto, quando já existe perda de audição, uma das soluções é o uso de aparelho auditivo. Quanto mais rápido o problema for detectado, e se optar pelo aparelho, melhor será para estancar a progressão dessa perda auditiva”, alerta Isabela Carvalho.
Depois de procurar o médico otorrinolaringologista, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho atende às necessidades do paciente. Atualmente, há uma diversidade de aparelhos auditivos, pequenos e discretos, que não afetam a beleza e vaidade. Os aparelhos da Telex, por exemplo, têm várias cores e modelos, design moderno, tecnologia digital e são quase invisíveis no ouvido – alguns são até mesmo invisíveis pois ficam dentro do canal auditivo. Além disso, são adequados para os diferentes graus de perda de audição.
De acordo com o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), de 2011, cerca de 28 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência auditiva, o que equivale a 14,8% da população nacional. Nessa porcentagem, boa parte dos casos se dá pela perda auditiva induzida por ruídos em locais corporativos.
Fonte:http://revistacipa.com.br/perda-de-audicao-atinge-com-frequencia-operadores-de-call-center/

segunda-feira, 13 de junho de 2016

sábado, 11 de junho de 2016

Conheça os seis passos que podem ajudar a reduzir o risco e o perigo de um AVC.

1. Conheça seus fatores de risco: pressão alta, diabetes, colesterol elevado e arritmias cardíacas.
2. Seja ativo. Faça exercícios regularmente.
3. Evite a obesidade, mantendo uma dieta saudável.
4. Limite o consumo de álcool.
5. Evite o hábito de fumar.
6. Aprenda quais são os sinais de alerta.


Aprenda os sinais do AVC, eles iniciam repentinamente:



SUS adota antipsicótico clozapina para tratamento de doença de Parkinson

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (10), que o medicamento clozapina será oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com transtornos psicóticos associados à doença de Parkinson.

A decisão de adotar o antipsicótico para o tratamento da doença, segundo a pasta, foi da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), atendendo pedido da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

O remédio será usado para combater psicoses associadas à doença. Alguns dos argumentos apresentados são de que essa situação clínica influencia negativamente o quadro, com aumento da dependência, das hospitalizações em casas de saúde e da mortalidade.

A Conitec chegou a fazer consulta pública para colher opiniões de especialistas e da sociedade civil. “As contribuições recebidas enfatizavam efeitos positivos da incorporação, como a melhora na qualidade de vida do paciente e de seus familiares”, informou a pasta.
“Outro indicativo dos benefícios do uso do medicamento no tratamento de sintomas psicóticos associados a Parkinson é sua recomendação pelo Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica, do Reino Unido, em uma de suas diretrizes clínicas referentes à doença”, reforçou o ministério.

A previsão do governo é de que o protocolo clínico seja publicado em até 180 dias. A clozapina já era oferecida no SUS para tratar outras doenças, como transtorno bipolar e esquizofrenia. O investimento para a disponibilização a pacientes com Parkinson é de cerca de R$ 3 milhões ao ano.

A doença de Parkinson é neurodegenerativa e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, acomete 1% da população mundial com idade superior a 65 anos. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema.

Além dos problemas motores mais conhecidos, várias manifestações não motoras podem surgir à medida que a doença progride, inclusive sintomas psicóticos.


domingo, 5 de junho de 2016

OMS adverte sobre nova síndrome congênita ligada ao zika

Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira que o zika vírus pode estar ligado a uma nova síndrome congênita. Além de casos de microcefalia em bebês gerados por mulheres infectadas pelo zika, a OMS informa que o vírus, cujo principal transmissor é o mosquito do gêneroAedes, pode estar vinculado a outros problemas graves, como danos cerebrais, convulsões, irritabilidade, rigidez muscular (espasticidade) e dificuldades de visão e no sistema digestivo. Problemas que, segundo um grupo de especialistas da entidade, “podem afetar vários milhares de bebês”. Embora seja preliminar, o relatório alimenta a inquietação dos que acham que os Jogos Olímpicos do Rio devem ser adiados ou transferidos, porque o Brasil é o país mais atingido pelo vírus. O comitê de emergência da OMS vai avaliar a situação nas próximas semanas.

A equipe da OMS, formada por seis especialistas, fez a revisão dos resultados e das pesquisas sobre os efeitos do zika vírus em bebês e concluiu que, além de provocar microcefalia, a contaminação intrauterina pode levar também a outros transtornos graves. “A relação espaço-temporal dos casos de microcefalia com o surto de zika e os dados dos relatórios de casos e estudos epidemiológicos geraram um sólido consenso científico sobre o envolvimento do vírus em defeitos de nascimento”, afirmam em artigo publicado no boletim epidemiológico da OMS. Tudo isso apesar de geralmente o vírus, para o qual não há vacina nem antídoto, provocar sintomas leves ou ser assintomático.
O relatório da OMS –que em fevereiro decretou alerta mundial de saúde, exatamente pelo possível vínculo entre o zika e casos de microcefalia e outros transtornos neurológicos graves— ressalta que ainda são necessários mais dados tanto pré-natais quanto pós-natais, assim como resultados de laboratório e diferentes testes e análises para “definir adequadamente essa síndrome”. “O zika é uma emergência sanitária diferente porque tem consequências sanitárias e sociais de longo prazo, e por isso exige enfoque coordenado, de vigilância, intercâmbio de dados e pesquisa”, defendem especialistas como Anthony Costello, do departamento de saúde da mulher, da infância e da adolescência da OMS, e Pilar Ramon-Pardo, do departamento de doenças infecciosas e análise sanitária da entidade.
O organismo de saúde esteve durante a semana no centro da polêmica depois da divulgação de carta de mais de 150 cientistas e de manifestações de atletas de elite, como Pau Gasol, da seleção espanhola de basquete, pedindo a ela querecomende transferir ou adiar os Jogos do Rio, que começam em agosto no local mais atingido pelo zika. Até agora a OMS afirma que não há nenhuma questão de saúde pública que motive a recomendação de postergar as competições olímpicas.
Comitê de emergência estudará riscos dos Jogos
Apesar disso, o Comitê de Emergência do zika vai se reunir nas próximas semanas para avaliar a situação do Brasil e os riscos dos Jogos do Rio, Estado que terá grande presença de turistas. Isso foi dito, em carta, pela diretora geral da OMS, Margaret Chan, à senadora norte-americana Jeanne Shaheen, que tinha pedido uma resposta da organização de saúde à inquietação provocada pelo crescimento do surto.
“Dado o nível atual de preocupação internacional, decidi pedir aos membros do Comitê de Emergência Zika que avaliem os riscos da realização dos Jogos Olímpicos, programados atualmente para o verão [do hemisfério Norte]”, diz Chan em sua carta –que Shaheen publicou na Internet-, na qual explica que a OMS enviou um grupo de especialistas quatro vezes ao Brasil e que está em curso uma pesquisa sobre a situação atual.
Mas não é a OMS que decide sobre os Jogos; apenas emite recomendações de saúde. Por enquanto, desde a decretação do alerta sanitário mundial, não aconselhou a suspender viagens ao Brasil –apenas um entre os mais de 60 países e territórios em que há zika, embora seja o mais afetado-, ainda que tenha recomendado às grávidas que não viajem aos lugares em que tenha sido detectado o vírus, devido à associação do zika a casos de microcefalia. A mesma recomendação foi feita por muitas outras autoridades da área de saúde.
A OMS também aconselhou que quem viajar a regiões assoladas pelo zika vírus se abstenha de sexo ou o pratique de forma segura (com proteção profilática) pelo menos durante as oito semanas subsequentes ao retorno para casa, para evitar a transmissão sexual do vírus.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Informe Técnico 9 – Tabela de Conversão de Gotas de Medicamentos Controlados

Um dos principais Objetivos dos Informes Técnicos foi o de estimular o cumprimento correto das legislações relacionadas à dispensação dos medicamentos controlados. Sei o quanto é difícil, no exercício da profissão, entender e aplicar essas regras. Esses informes visaram facilitar o entendimento dessas regras. E para ajudar mais um pouco montei esta Tabela de Conversão de Gotas de Medicamentos Controlados que irá auxiliar no momento do Atendimento das prescrições de Medicamentos Controlados em Gotas.
Com esta tabela ficará mais fácil fazer os cálculos de dose, de acordo com a prescrição médica, na hora de dispensar alguns medicamentos controlados que são disponíveis na forma farmacêutica líquida que sejam em Gotas.

Pesquisa: acesso a diagnóstico de câncer de mama pelo SUS ainda é tardio

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Embora a qualificação dos exames laboratoriais feitos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) tenha recebido avaliação positiva por parte das usuárias do serviço, com 90% de aprovação, o prazo para acesso ao diagnóstico de câncer de mama ainda é tardio. É o que revela pesquisa inédita feita pelo Instituto Datafolha para a Fundação Laço Rosa, divulgada hoje (31), no Rio de Janeiro, durante o Fórum de Políticas para o Câncer de Mama.

A pesquisa buscou investigar os problemas registrados no estado do Rio de Janeiro para o tratamento do câncer de mama. “Ainda tem grandes barreiras”, disse a presidente voluntária da Fundação Laço Rosa, Marcelle Medeiros. O Instituto Datafolha entrevistou 240 mulheres, pacientes em tratamento de câncer de mama ou em fase diagnóstica, atendidas pelo SUS no estado do Rio de Janeiro, entre os dias 2 e 10 deste mês, e verificou que o atendimento está concentrado na região metropolitana do Rio, em especial na capital.

A sondagem mostra que o tempo médio até o diagnóstico das mulheres entrevistadas oscila entre oito e nove meses e que uma em cada dez mulheres nunca fez nenhum exame preventivo. A presidente da Fundação Laço Rosa avaliou que o que é diagnosticado no estágio um, depois de nove meses, pode agravar a saúde da mulher com câncer de mama, pois  “O tempo, de fato, corre contra”. Por isso, Marcelle disse ser fundamental que se faça o diagnóstico no prazo mínimo de 60 dias, como estabelece a lei, “que também já é um tempo demorado demais”.

De acordo com a pesquisa, 19% das pacientes do SUS necessitam recorrer a plano de saúde ou exames particulares para complementar exames cobertos pelo SUS; 77% passam pelo atendimento de até quatro médicos, em vez de um único profissional que possa acompanhá-las do início até o final do tratamento. Outros resultados revelam que um terço das entrevistadas têm parentes de primeiro grau com câncer de mama e que, para elas, receber o diagnóstico e perder o cabelo são os piores momentos da doença.

Marcelle destacou ainda que as mulheres consultadas gostariam de participar de eventos referentes à doença. A mobilização registrada no fórum prova isso, afirmou. Ela defendeu também que as campanhas precisam estar alinhadas ao grau de escolaridade das pacientes, que é baixo, de modo a adequá-las ao público. Outro dado importante, segundo ela, é que 83% das mulheres nunca utilizaram o trabalho de organizações não governamentais (ONGs) que atuam nessa área: “Isso demonstra que não existe uma relação entre o poder público e as organizações da sociedade civil que poderiam, muitas vezes, estar ajudando o poder público nesse trabalho”. Falta, sustentou, uma política pública que inclua as organizações sociais nesse debate.

Marcelle disse que há um longo caminho a ser percorrido e temas para serem debatidos, visando a construção de uma solução conjunta entre especialistas, autoridades, associações médicas e entidades ligadas ao tratamento do câncer de mama no Brasil.

Termo de compromisso

Durante o fórum, começou a ser construído um termo de compromisso para melhoria do cenário atual. “O termo é colaborativo”, afirmou Marcelle. Ele será colocado para consulta pública, de modo a ser criado em colaboração com a sociedade civil, antes de ser levado a todas as esferas do poder público.


O fórum terá continuidade  pelas redes sociais, com o objetivo de construir as melhorias propostas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), do Ministério da Saúde, o número de casos novos de câncer de mama deve alcançar quase 58 mil no país, em 2016.