quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo prorrogada até 31 de dezembro

Índices de imunizados chegam a 92,36% e 89,38%, respectivamente. Meta é 95%

15/12/2014 17:30 - Luiz Filipe Freire, com informações da assessoria
SES/Divulgação
Público-alvo inclui crianças de seis meses a cinco anos
A campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo foi prorrogada até o dia 31 de dezembro. A mobilização seguiria até a sexta-feira (12) passada, mas foi prolongada para que a meta de 95% de imunização do público-alvo seja atingida. Até agora, esse percentual é de 92,36 e de 89,38%, respectivamente.
Um total de 577.752 crianças já recebeu a dose contra a pólio em um total de 625.552 que devem ser atingidas. Já o número de alcançados pela vacinação contra o sarampo chega a 195.270 de 220.757. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, todos os postos de saúde do Estado estão abastecidos para fazer esse atendimento até a data limite.
No caso da pólio, também conhecida como paralisia infantil, devem ser imunizados meninos e meninas com idades entre seis meses e quase cinco anos. Já a faixa etária que vai de um a menos de cinco anos compõe o grupo prioritário para receber a dose contra o sarampo. Por outro lado, não é indicado vacinar crianças que estejam com infecções agudas e febre a partir de 38 graus. Pessoas com alergia a leite de vaca também não devem tomar a trípice viral (sarampo, rubéola e caxumba).

Depressão pode começar nos primeiros anos de vida, mas nem sempre é tratada


IBGE aponta que mais de 11 milhões de brasileiros têm depressão, 7,6% da população com 18 anos ou mais. Menos da metade desses tem assistência médica regular

13/12/2014 10:40 - Agência Brasil




     A publicitária Bárbara Lopes* apresentou os primeiros sinais de depressão aos 19 anos. Na época, começou a se isolar, faltava às aulas na faculdade e dormia durante grande parte do tempo. “Tinha dia em que eu não queria sequer tomar banho. Minhas amigas me chamavam para sair, mas eu não queria. Eu dizia que estava triste, mas para mim não era depressão. Era só tristeza”, lembra. Especialista ouvida pela Agência Brasil diz que é uma doença que pode começar em pessoas jovens e nem sempre recebe tratamento médico.
    Mais de 15 anos depois e uma lista extensa de psiquiatras e psicólogos visitados, a publicitária atualmente é casada, tem um bebê e atua na área em que se formou, mas ainda luta contra a doença. “As pessoas ficam sempre perguntando o que a gente tem. Aqueles que se julgam normais perguntam por que eu estou triste se tenho tudo que preciso, se tudo está certo, se sou bonita e inteligente”.
    Bárbara toma o mesmo medicamento há sete anos. Mesmo sendo acompanhada por profissionais, a depressão precisa ser combatida diariamente. “Outro dia, deixei meu bebê cair da cama. Além de me sentir culpada, comecei a pensar que nada para mim funcionava, que tudo para mim dava errado, que eu era a pior mãe do mundo”.
    Para a publicitária, a combinação entre medicamento e terapia traz qualidade de vida para quem sofre com a doença. “O remédio libera aquilo que está faltando no seu organismo. É como se fosse uma orquestra que precisa do maestro. Quando ele está ali, a música sai direito. Quando não tem o maestro, não tem música”, resume.
    Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esta semana, indicam que mais de 11 milhões de brasileiros têm depressão. O número corresponde a 7,6% das pessoas com 18 anos ou mais. Ainda segundo o instituto, desse total, apenas 46,6% dos pacientes tiveram assistência médica nos 12 meses anteriores à pesquisa.
    De acordo com a psiquiatra e psicoterapeuta Fatima Vasconcelos, o Brasil é um dos países latino-americanos com índices mais altos quando o assunto é depressão. Apesar de ser tida por muitos como uma doença que atinge os mais velhos, a depressão, segundo ela, começa cedo – 9% dos casos ocorrem entre 18 e 25 anos; 7,5% entre 26 e 49 anos; e 5,5% acima dos 50 anos.
    “Quanto mais precoce é a doença, mais grave pode vir a ser no futuro e mais danos ela vai provocar na vida do indivíduo. A depressão é uma doença crônica e o mais comum não é ter só uma única crise na vida. O risco de ter uma segunda crise é 50% maior após a primeira. E, para quem tem dois episódios, a chance é 70% maior.”
    Ainda de acordo com a especialista, a estimativa é a de que seis em cada dez pacientes não procuram ou não encontram tratamento para a doença – sobretudo em razão do preconceito. Ela destaca que uma pessoa com depressão sofre com alterações do humor e, por mais que queria estar bem, vê o mundo de forma negativa e precisa de ajuda para enfrentar isso.
    “Uma pessoa que está deprimida, às vezes, nem percebe que está triste. Mas, quando vai para o trabalho, rende menos do que rendia. Tem dificuldade de memória, concentração e sente uma insegurança muito grande. Ela passa a desconfiar de sua própria capacidade. Por isso, é muito importante que as pessoas saibam que a depressão é uma doença do cérebro que tem que ser reconhecida e tratada.”

    sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

    Pernambuco tem dia de enfrentamento à dengue e à febre chikungunya


    Municípios contarão com ações educativas para alertar a população sobre enfermidades

    05/12/2014 21:05 - Luiz Filipe Freire, com informações da assessoria
    Reprodução
    Mosquito Aedes aegypti transmite as duas doenças
    Este sábado (6) é o Dia D contra a dengue e a febre chikungunya, que além de provocarem sintomas parecidos, têm o mosquito Aedes aegypti como transmissor. O objetivo é mobilizar profissionais de saúde e cidadãos sobre os cuidados para evitar a proliferação das doenças, como não deixar recipientes abertos com água parada, além de reforçar as formas de tratamento para as enfermidades.
    Em Pernambuco, o plano de contingência foi lançado em novembro, prometendo mais de R$ 6,6 milhões de investimento na compra de materiais, insumos e capacitação de profissionais. Cerca de cinco mil servidores, entre médicos, enfermeiros de hospitais e de Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e integrantes da Estratégia Saúde da Família (ESF), serão treinados.
    De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), também serão distribuídos, à população e às unidades de saúde, 4,2 milhões de cartazes e fluxogramas de atendimento aos pacientes, de folders e filipetas explicativos sobre a chikungunya e a dengue, além de spots para veiculação em rádio nos municípios. Foram montados, ainda, 12 comitês regionais e um comitê central, com reuniões periódicas para avaliar a situação das doenças e os planos de atuação.
    “Precisamos identificar os criadouros do mosquito aedes aegypti e fazer a eliminação. Essa é uma batalha que precisa da conscientização e da ação de toda a sociedade, já que a maioria dos focos do mosquito é encontrada dentro das casas”, frisa a coordenadora do Programa de Controle da Dengue e da Febre Chikungunya da SES, Claudenice Pontes, afirmando que os municípios contam com material para fazer a campanha do Dia D.

    Dados
    Até o momento, Pernambuco não registrou nenhum caso autóctone de chikungunya, ou seja, que tenha sido contraído no Estado. Contudo, foram notificadas 22 possíveis ocorrências, sendo duas confirmadas. A primeira foi a de um paciente infectado na República Dominicana e que se trata no Ceará. A outra, a de uma moradora de Petrolina, no Sertão pernambucano, que foi infectada na Bahia. Os demais deram negativo e continuarão sendo monitorados por três meses.

    Já os casos de dengue chegaram a 16.743 notificações, até 15 de novembro, com 5.886 confirmações em 176 municípios. Em 2013, no mesmo período, foram notificados 17.024 casos, dos quais 4.481 foram confirmados. Já as ocorrências de dengue com agravamento chegaram a 108 notificações, em 2014, com 97 confirmações. No mesmo período do ano passado, foram 69 casos confirmados. O número de óbitos por dengue, por fim, chegou a 35, este ano, contra 48, até novembro de 2013.
    Site do Folha PE.