terça-feira, 29 de novembro de 2016

Vaga para técnico de enfermagem

Clínica médica contrata profissional com experiência na função. Necessário possuir registro profissional no órgão de classe. Será responsável por orientar e executar o trabalho técnico de assistência de enfermagem aos clientes da Instituição, entre outras atividades da área.

Horário de trabalho: 44 horas semanais (de segunda à sexta-feira).

Residir preferencialmente próximo ao bairro da Encruzilhada. 


Os interessados devem enviar currículo com pretensão salarial para: fatorhumano2009@gmail.com até dia 30/11/2016

PROGRAMAÇÃO TCC 2016.2


FACULDADE INTEGRADA DE PERNAMBUCO
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
PROGRAMAÇÃO TCC 2016.2

TÍTULO DO TRABALHO
NOMES DOS AUTORES
NOME DO ORIENTADOR
DATA DE APRESENTAÇÃO
Assistência de Enfermagem na amamentação e prevenção das fissuras mamilares: revisão integrativa
Carla da Conceição Benício de Lima
Izabela da Silva Miranda
Leidiane Melquiades Pedrosa
Profa. MsC Karla Romana
28/11/2016 às 18 horas
Perfil Epidemiológico da dengue no Brasil: revisão integrativa
Monique Azevedo da Silva
Profa. MsC Andréa Rosane Sousa Silva
18/11/2016 às 18:30 horas
Avaliação das alterações microbiológicas da flora cérvicovaginal em reeducandas de uma penitenciária feminina do estado de Pernambuco

Damares Valentim Bezerra

Daniele Benicio de Lima

Cintia Valentim Alexandre

Profa. MsC. Andrea Rosane Sousa Silva
28/11/2016 – 18h
Acreditação Hospitalar e seus desafios: revisão integrativa da literatura
Gabriela Germana Morais
Karina Pereira de Oliveira
Letícia do Nascimento
Natália de Carvalho Lefosse
29/11/2016 às 17 horas
Riscos e benefícios para pacientes que fazem uso de vacinas na Estratégia Saúde da Família.
Elienay Florêncio da Silva
Cristiane de Carvalho Rego Barros
Karla Daniella Cavalcanti Soares
Profa. MsC Natália de Carvalho Lefosse
30/11/2016
A importância do uso do filtro leococitário na redução de possíveis reações transfusionais: revisão integrativa.
Davyson Carlos Barros
Rinaldo do Espirito Santo
Gutemberg José de Araújo
Profa. MsC Natália de Carvalho Lefosse
30/11/2016 ás 18 horas



TÍTULO DO TRABALHO
NOMES DOS AUTORES
NOME DO ORIENTADOR
DATA DE APRESENTAÇÃO
Riscos ocupacionais associados às condições de trabalho de enfermagem em uma unidade de terapia intensiva

Bruna Ugiette
Joyce Sampaio
Vivian Silva
Profa. MsC. Andrea Rosane Sousa Silva
01/12/2016 – 16h
Condições da sistematização da assistência de enfermagem ao trabalhador na construção civil

Karla Simone Araújo de Lima

Profa. MsC. Andrea Rosane Sousa Silva
01/12/2016 – 19h
Síndrome de Burnout em enfermeiros na unidade de terapia intensiva: revisão integrativa da literatura

José Genaro Benedito
Leandro Renê da Silva
Mayara Cristina Soares Mendes

Profa. MsC. Andrea Rosane Sousa Silva
05/12/2016 – 16h

Polyana Barbosa
Samara
Maria das Neves
Profa. MsC. Andrea Rosane Sousa Silva
05/12/2016 – 17h



segunda-feira, 28 de novembro de 2016

#NovembroAzul: Alunos alertam sobre o câncer de próstata

Foto: Shutterstock

Nessa noite de segunda-feira (28/11), estudantes do terceiro e quarto período do curso de enfermagem da FACIPE realizaram uma série de atividades, organizadas e com o apoio do professor Valdemir de França, para alertar a importância do exame de próstata. Sabendo que no Brasil, a cada 40 minutos um homem morre com câncer de próstata, é de grande importância programas e eventos desse tipo. 


A recomendação para quem já chegou aos 40 é se programar e nos 50 ficar atento às consultas médicas com urologistas e ao diagnostico. O ideal é não esperar sentir alguma coisa para procurar um médico. É o oncologista, após o diagnóstico do câncer, quem definirá a estratégia a ser seguida pelo paciente no combate ao tumor. A partir de uma série de variáveis e também do perfil do paciente é que o tratamento será definido. Para que a tática alcance o sucesso, contudo, a atuação de outros atores é fundamental no decorrer da luta contra o câncer.


As primeiras apresentações explicaram como se desenvolve esse tipo de câncer, que também denominado de carcinoma da próstata, é uma neoplasia que tem seu desenvolvimento na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. A maioria dos cânceres de próstata é de crescimento lento, no entanto, alguns crescem relativamente rápido. As células cancerosas podem espalhar-se a partir da próstata para outras partes do corpo, particularmente os ossos e os linfonodos. Inicialmente pode ser assintomática, mas em estágios avançados pode causar dificuldade para urinar, presença de sangue na urina ou dor na pelve, costas ou ao urinar.


O câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, quimioterapia, proteinoterapia ou alguma combinação destes. A idade e saúde do homem, assim como a extensão da dispersão das células, aparência sob análise microscópica e resposta do câncer ao tratamento inicial são importantes em determinar o desfecho da doença. Já que o câncer de próstata é uma doença de homens idosos, muitos irão morrer de outras causas antes que uma lenta evolução do câncer de próstata possa se espalhar ou causar sintomas. Isso faz com que a escolha do tratamento a ser utilizado seja difícil. A decisão de tratar ou não um câncer de próstata localizado (um tumor que está contido no interior da próstata) com intenção de cura é um dilema entre os benefícios esperados e os possíveis efeitos danosos em relação à sobrevivência e qualidade de vida do paciente.


A ultima apresentação e não menos importante, a palestrante explicou a importância de uma higienização adequada, caso não haja, acarretará em outros problemas, como o câncer de pênis. Diferente dos outros tipos de câncer, o fator de risco principal para o surgimento do câncer de pênis é a falta de higiene. Some isso à prepúcios não operados e você terá um quadro favorável ao desenvolvimento da doença. Bons hábitos se resumem a uma limpeza diária com água e sabão, inclusive sob a pele que envolve o pênis. 


Um em cada cinco casos de câncer que atingem o público masculino no Brasil é de próstata. No mundo, é o sexto tipo mais comum e mais prevalente, segundo o Instituto Nacional de Câncer. Ainda assim, sabe-se que muitos homens não falam sobre o assunto e não realizam a prevenção. Para encerrar o evento, foi proposto uma gincana para lembrar a importância da prevenção do câncer de próstata. Seu diagnostico precoce, as chances de cura são superiores a 85%. 



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Puericultura

Imagem relacionada
A puericultura quer diz: puer = criança e cultura = criação, cuidado feito por alguma pessoa.

Ele foi utilizado pela primeira vez por Ballexserd, em 1762 no seu livro chamado de Tratado de Puericultura, onde ele falava sobre regras de higiene das crianças. Depois ela ganhou força com o médico Francês Caron em 1865, onde foi publicado um manual chamado “A puericultura”, surgindo dai os pilares da puericultura: a prevenção e a educação em saúde. A puericultura tem como objetivo principal, acolher todas as crianças, promovendo e protegendo através de uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com suas particularidades.

Ela demanda um acompanhamento periódico e sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, atualização do esquema vacinal, orientações aos pais sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno, higiene individual e ambiental, assim como pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efetiva e apropriada.
  • Atendimento puericultura
    • Tanto o enfermeiro quanto o médico atuam no acompanhamento do desenvolvimento da criança, já que os dois contam com especialidade nessa área. Devem-se desenvolver ações de promoção à saúde e prevenção de doenças recorrentes desse período de vida:
    1. Estimular o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida
    2. Garantir a aplicação das vacinas do esquema básico de imunização;
    3. Realizar vigilância do crescimento e desenvolvimento;
    4. Orientar a respeito de como prevenir acidentes de acordo com a faixa etária da criança;
    5. Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor;
    6. Avaliação da função auditiva;
  • A frequência de consultas na puericultura
    • O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência.
  • Crescimento nos primeiros anos de vida 
    • Na avaliação do crescimento infantil, devem-se considerar algumas medidas antropométricas e a evolução de certas estruturas físicas conhecidas como indicadores do crescimento, sendo os mais comuns o peso, a estatura, os perímetros cefálico (PC), torácico e braquial, a erupção dentária, o fechamento das fontanelas e suturas e, eventualmente, a idade óssea da criança.
    • O MS considera que o peso, a estatura e o PC são as medidas antropométricas básicas a serem utilizadas na avaliação do crescimento infantil. Para uma boa avaliação do crescimento, são necessárias pesagens periódicas. Em geral, o peso do nascimento duplica dos quatro aos cinco meses, triplica aos 12 meses, quadruplica aos 24 meses e quintuplica entre os quatro e cinco anos de idade.
    • É importante salientar que a variação do peso em relação à idade é muito mais rápida do que a da estatura e reflete, quase que imediatamente, qualquer deterioração ou melhora do estado de saúde, mesmo em processos agudos. Num prazo de poucos dias, podem ser observadas alterações importantes no peso, cuja medição é mais fácil e mais precisa que a estatura.
  • Acompanhando o desenvolvimento na puericultura
    • O acompanhamento do desenvolvimento da criança na atenção básica objetiva sua promoção, proteção e a detecção precoce de alterações passíveis de modificação que possam repercutir em sua vida futura. Isso ocorre principalmente por meio de ações educativas e de acompanhamento integral da saúde da criança. A criança deve atravessar cada estádio segundo uma sequência regular, ou seja, os estádios de desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a criança não for estimulada ou motivada no devido momento, ela não conseguirá superar o atraso do seu desenvolvimento. Afinal, o desenvolvimento infantil se dá à medida que a criança vai crescendo e vai se desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os estímulos deles recebido.
  • Valores normais de frequência respiratória
    • As crianças são frequentemente acometidas por doenças respiratórias e gastrointestinais. Sendo assim, o profissional de saúde deve conseguir identificar sinais de maior gravidade dessas doenças. Para a criança com tosse ou dificuldade para respirar, é importante verificar se a frequência respiratória está intensificada, se a criança apresenta sibilos (chiado) ou estridor e se apresenta tiragem subcostal (a parede torácica inferior se retrai quando a criança inspira).

  • Valores normais de frequência cardíaca
    • Não há evidências contra ou a favor da ausculta cardíaca e da palpação de pulsos em crianças. Alguns protocolos sugerem a realização da ausculta cardíaca e da palpação de pulsos no mínimo três vezes no primeiro semestre de vida, devendo-se repetir os procedimentos no final do primeiro ano de vida, na idade pré-escolar e na entrada da escola.
  • Sinais primitivos
    • São caracterizados por resposta motora involuntária a um estímulo e estão presentes em bebês desde antes do nascimento até por volta dos seis meses de vida. São mediados por mecanismos neuromusculares subcorticais, que se encontram desenvolvidos desde o período pré-natal. O desaparecimento desses reflexos durante o curso normal de maturação do sistema neuromuscular nos primeiros seis meses de vida é atribuído ao desenvolvimento de mecanismos corticais inibitórios.
Via: https://comunidadespsp.wordpress.com/
http://draclaudiacarneiro.com.br/puericultura

sábado, 19 de novembro de 2016

Cofen: Decisão de prescrição de medicamentos


Em novembro de 2006, o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos impetraram em desfavor da União Federal o Mandado de Segurança, com pedido de liminar, que tramitou na 4ª Vara Federal da Justiça Federal da Seção Judiciária de Brasília sob o nº 2006.34.0034.729-1, visando à decretação da nulidade da Portaria M. S. nº 648/GM/2006 e do seu anexo (esse o seu objeto). Já no primeiro momento, o Juiz Federal daquela Vara Federal indeferiu o pedido de liminar, tendo o Conselho Federal de Medicina interposto o Agravo de Instrumento nº 2007.01.00.000126-2 para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Sem sucessos, destaque-se. Na malfadada nota, afirmam os seus autores que “o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região (Brasília), tornou definitivamente sem efeito a Resolução 272/2002 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) que permitia aos enfermeiros diagnosticar doenças, prescrever medicamentos e solicitar exames com autonomia no âmbito dos programas de rotinas aprovados em instituições de saúde”.

Em verdade, a trata-se da divulgação da mesma matéria veiculada em agosto de 2008, à época sepultada pela própria decisão judicial proferida no encimado Mandado de Segurança que, diante da expedição da Portaria nº 1.625, de 10 de julho de 2007, pelo Ministério da Saúde, decidiu o MM. Juiz Federal que o conduzia por sepultá-lo definitivamente o referido processo, concluindo ao final: “diante do exposto, em face da falta de interesse de agir superveniente, JULGO EXTINTO O PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do art. 267, VI, do Código de Processo Civil” (segue a sentença do Juiz Federal, NÁIBER PONTES DE ALMEIDA, como prova das afirmações aqui trazidas a público).

Conforme se vê, não prospera a notícia indevidamente veiculada na internet, de que os enfermeiros não podem mais diagnosticar doenças, prescrever medicamentos e solicitar exames com autonomia no âmbito dos programas de rotinas aprovados em instituições de saúde, porquanto falaciosa. Por outro norte, não restam dúvidas que as atribuições do profissional de enfermagem permanecem preservadas e garantidas pela Lei nº 7.498, de 25 de julho de 1986, dispondo claramente que: “O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem cabendo-lhe” (Art. 11): privativamente (inc. I) a “consulta de enfermagem” (alínea “i”). E, “como integrante da equipe de saúde” (inc. II): a “prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde” (alínea “c”). Destarte, deve sim o enfermeiro exercer a sua profissão com a liberdade, dignidade e autonomia que lhe assegura a Constituição Federal e a Lei do Exercício Profissional, devendo ele assumir firmemente o título de enfermeiro (a) a que está legalmente habilitado. Título esse alcançado com esforço e privações inesquecíveis, vividos durante aquele lustro dentro de uma sala de aula, cuja memória não deixa escapar.

Relevante salientar que a Resolução COFEN nº 272/2002, foi revogada pelo Conselho Federal de Enfermagem, através da Resolução COFEN nº 358/2009. E não, pela decisão do Tribunal Regional da 1ª Região como inveridicamente divulgado na internet. Aliás, tamanha a desinformação (ou flagrante má-fé) daqueles que veicularam a matéria que, a bem da verdade a Resolução desta Autarquia Federal que tratava sobre o diagnostico de doenças, prescrição de medicamentos e solicitação de exames com autonomia no âmbito dos programas de rotinas aprovados em instituições de saúde, garantidos ao enfermeiro, era a 271/2002, também revogada pelo Conselho Federal de Enfermagem através da Resolução COFEN nº 317/2007.

Nesse passo, dúvidas não restam de que a verdade deve ser restabelecida por aquelas pessoas (profissionais de medicina, de farmácia e de odontologia, entre outros) e conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas que, indevidamente, fizeram a veiculação na internet daquela inverídica matéria, reconhecendo as competências dos valorosos profissionais de enfermagem como indispensáveis à saúde pública do Brasil, daí pugnando aos Conselhos Federais de Medicina, Farmácia e Odontologia que adotem as medidas necessárias junto aos seus Conselhos Regionais, para o restabelecimento da verdade.

Conselho Federal de Enfermagem
Diretoria

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Obesidade infantil

Foto: Shutterstock

A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, ou seja, em menos de dez anos, se nada for feito, o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões. Atualmente, dados da OMS indicam que pelo menos 41 milhões de crianças abaixo de cinco anos no mundo estão obesas. No Brasil, mais de 2 milhões de casos por ano são diagnosticados. Para se ter uma ideia da gravidade e de como isso reflete na sociedade, estima-se que uma a cada três crianças, de 5 a 9 anos, está acima do peso.

“São vários fatores que vem contribuindo para o aumento da prevalência da obesidade infantil no Brasil. As crianças ficam mais em casa, mais horas de tela [televisão, videogame, computador], brincam menos na rua por motivo de segurança, andam menos a pé, portanto estão mais sedentárias e gastando menos energia”, explica Claudia Cozer Kalil, endocrinologista e coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Mais de 80% dos adolescentes não cumprem a recomendação de 60 minutos de atividade física diária, segundo a OMS. Isso acaba estimulando o sedentarismo e não proporciona a criação e hábitos saudáveis que perdurarão na fase adulta. Além do novo estilo de vida imposto pelos grandes centros urbanos e da nova dinâmica social, onde na maioria das vezes os cuidadores principais das crianças trabalham fora e ficam muitas horas fora de casa, a alimentação é cada vez mais rica em açúcar e gorduras, vindo mais de embalagens do que da horta, por exemplo.
“A alimentação está rica em produtos mais processados, pobres em fibras, alto teor de gordura e carboidratos, maior valor calórico, maior oferta e opções no supermercado. As rotinas mudaram com a dificuldade de auxiliares domésticas e a mulher no mercado de trabalho, a falta de tempo para preparar alimentos saudáveis”, destaca a especialista.
Diferentemente dos adultos, em que o cálculo do Índice da Massa Corporal (IMC) é o indicador mais utilizado para identificar se a pessoa tem o peso correto, para as crianças a medição é realizada por faixa etária.
“Existem tabelas de índice de massa corpórea adequadas para cada faixa etária, como se fossem gráficos de crescimento. Quando a criança está acima do percentil normal para idade, diz-se que está com excesso de peso e/ou obesidade, dependendo do quanto acima do normal está o peso”, esclarece Claudia.
Além da falta de exercícios e da alimentação incorreta, há crianças que têm maior propensão a ficarem fora do peso saudável, como as que fazem parte de famílias com obesos, filhos de mães que ganharam muito peso na gestação, crianças que nasceram abaixo do peso, ou ainda aquelas que fazem uso de medicamentos como corticoides, anticonvulsivantes e antialérgicos.
  • Novos hábitos

O tratamento inclui mudança nos hábitos alimentares e a prática de mais atividades físicas, que não precisa ser necessariamente exercícios, mas o próprio brincar infantil, como correr, pular, dançar, de preferência ao ar livre.
“A educação é fundamental, não só da criança como da família. Bons hábitos devem ser adquiridos principalmente nos primeiros dez anos de vida, os pais são os principais responsáveis e exemplos nesse momento. Não basta ensinar, tem que viver junto com os filhos uma vida mais saudável”, pontua a coordenadora.
Os alimentos ainda não devem ser usados como compensação ou moeda de troca, alerta a especialista.
“Os pais não devem oferecer alimentos como compensação por suas ausências e falhas. A alimentação não deve ser moeda de troca e nem prêmio, não deve ser usada para exemplificar mitos de beleza ou estética corporal, muito menos para assustar, caso haja obesidade.”
É importante ainda que os responsáveis pelas crianças que apresentam quadro de sobrepeso e obesidade estejam cientes que as complicações vão muito além de fatores estéticos, levando a doenças sérias, como dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes, problemas ortopédicos, amenorreia, puberdade precoce com prejuízo da estatura final, trombose, varizes e até depressão. Essas crianças ainda podem chegar à idade adulta com doenças que interferem na qualidade de vida e com maiores chances de se manterem obesos. Por isso, segundo a especialista, prevenir é a palavra de ordem.
“Não se deve impor ou barganhar e sim ensinar e ofertar o alimento de diferentes maneiras para que a criança possa provar. É importante respeitar preferências e entender que não há necessidade da criança comer de tudo, pois muitos alimentos têm as mesmas qualidades nutricionais”, alerta Claudia. No caso de dúvida, busque auxílio de um profissional. “Sempre que possível, peça uma orientação nutricional para a reeducação alimentar, sem modismos ou restrições que não possam ser seguidas a longo prazo”, conclui a médica.
Via: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Prevenção: epidemia de sífilis

Foto: Shutterstock

O Ministério da Saúde admitiu na última semana que o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis, uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis é um mal silencioso e requer cuidados. Após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente. Entre junho de 2010 e 2016 foram notificados quase 230 mil casos novos da doença, de acordo com o último boletim epidemiológico do governo.

Três em cada cinco ocorrências (62,1%) estavam no Sudeste e a transmissão de gestantes para bebês é atualmente o principal problema. Na semana passada, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou uma estratégia para combater a doença. Entre as medidas adotadas está a ampliação de testes rápidos para diagnóstico da sífilis e o tratamento da doença em gestantes, até o primeiro trimestre da gestação. Pelo menos 50% dos casos de sífilis em gestante são diagnosticados no terceiro trimestre de gestação, quando as chances de se proteger o bebê já são bem menores do que quando a terapia começa na primeira fase da gestação.

A principal forma de prevenção é o uso de preservativos no ato sexual. O tratamento correto e completo também é considerado uma forma eficaz de controle, pois interrompe a cadeia de transmissão. O tratamento de ambos os parceiros é muito importante na prevenção para impedir que ocorra a reinfecção, garantindo que o ciclo seja interrompido.
  • Formas de contágio
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto.

O uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento da gestante durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
  • Sinais e sintomas
1. Sífilis primária

– Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio;

– Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

2. Sífilis secundária

– Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento da ferida inicial e após a cicatrização espontânea;

– Manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés;

– Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.

3. Sífilis latente

– Não aparecem sinais ou sintomas;

– É dividida em sífilis latente recente (menos de um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção);

– A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

4. Sífilis terciária

– Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção;

– Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
  • Diagnóstico
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Quando o TR for utilizado como triagem, nos casos positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico. Em caso de gestante, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.
  • Tratamento
O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, mas recomenda-se procurar um profissional de saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado, dependendo de cada estágio.

1. Sífilis congênita

É uma doença transmitida de mãe para criança durante a gestação. São complicações dessa forma da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo, tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão vertical.

– Sinais e sintomas

Pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.

– Diagnóstico

Deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e laboratoriais.

– Tratamento

Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. No caso das gestantes, é importante que o tratamento seja feito com a penicilina benzatina, pois este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical. A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante.

– Cuidados com a criança

Se a criança nascer com sífilis congênita, ela deve ficar internada para tratamento por 10 dias, necessitando realizar uma série de exames antes de receber alta.

Via: http://coracaoevida.com.br/

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

#NovembroAzul: Câncer de próstata é a 2ª maior causa de morte entre homens

Foto: Shutterstock

Doença silenciosa, o câncer de próstata deve ser diagnosticado em 2016 em mais de 60 mil homens no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Este é o segundo tipo de câncer mais comum para o sexo masculino, atrás apenas do de pele não-melanoma. Neste mês, a doença é lembrada durante a campanha Novembro Azul. Criada em 2011, a ação tinha inicialmente o objetivo de alertar sobre a gravidade do câncer de próstata e a importância dos exames preventivos. Mais recentemente ampliou-se o sentido, como um alerta também sobre a necessidade de os homens realizarem consultas médicas preventivas e que passem a cuidar mais da saúde.
Historicamente, eles vão menos aos consultórios, o que faz com que muitas enfermidades só sejam diagnosticadas em estágio avançado, dificultando muito o efeito dos tratamentos e podendo levar a um maior número de óbitos. É o que ocorre com o câncer de próstata. A doença não costuma mostrar sinais até que esteja em estágio bastante avançado.

“Isso faz com que seja o segundo principal tipo de câncer, e o que mais leva os homens a óbito, atrás apenas do de pulmão”, alerta Gustavo Cardoso Guimarães, cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Urologia do A.C.Camargo Cancer Center. Em 2013, a doença foi causa de morte de mais de 13 mil homens, segundo dados do Inca. A doença afeta a próstata, uma glândula exclusiva do sistema reprodutor masculino, localizada na parte baixa do abdômen, próxima ao reto.

Alterações na região são mais comuns após os 50 anos, quando o exame preventivo deve começar a ser feito anualmente, mas ainda há muita desinformação e receio em relação aos procedimentos, como o toque retal.

“É preciso sensibilizar os homens sobre a importância do exame preventivo. A consulta com o urologista inclui uma conversa prévia com o médico, que irá alertar sobre a importância do exame, riscos e consequências”, explica o especialista.

O exame de toque permite sentir possíveis alterações na glândula, que nem sempre são cânceres. No caso de um tumor ser localizado, quando diagnosticado em estágio inicial, há uma maior possibilidade de tratamentos, menos invasivos e com menos sequelas. O exame não machuca, não dói e demora apenas uns minutinhos. Ou seja, não há motivos para correr o risco de ter uma doença tão letal por falta de prevenção. Também faz parte do diagnóstico uma coleta de amostra de sangue para dosagem de uma proteína, o PSA.

Pessoas com caso de câncer de próstata na família devem começar o preventivo antes, com 40 anos, e as pessoas obesas e sedentárias, a partir dos 45. Quando em estágio avançado, muitas vezes apenas a cirurgia é possível, e, apesar de hoje já ter evoluído muito, ainda pode levar a casos de incontinência urinária e impotência. Além disso, o paciente fica mais suscetível à metástase, quando o câncer se espalha para outros órgãos. Ainda não foi identificada a causa principal que leva alguns homens a desenvolverem câncer de próstata, mas já se sabe hoje que vida sedentária, obesidade e uma dieta rica em muita gordura e proteína aumentam a probabilidade de desenvolver a doença. Os sintomas, perceptíveis só em estágios avançados, podem incluir diminuição do jato de urina, ardência ao urinar e mais idas ao banheiro. 

“Muitos desses sintomas são muito similares ao crescimento normal da próstata por conta do envelhecimento, por isso o exame é importante. Apenas 25% a 30% dos pacientes que apresentam alteração na glândula são diagnosticados com câncer”, diz Guimarães. 

O tratamento também evoluiu bastante nos últimos anos, com métodos menos invasivos e com mais opções de tratamento para os diferentes estágios do tumor, o que significa menor impacto na qualidade de vida do paciente e maior chance de controle da doença. “É preciso mudar a cultura do homem de não cuidar da saúde. Quanto antes qualquer doença for identificada, menor tende a ser sua gravidade, maiores são as opções de tratamento e melhor a recuperação”, conclui o oncologista.

Via: Prof. Dr. Max Grinberg - Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

BENEFÍCIOS DA PALHAÇOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DOS PACIENTES

*Andresa Matias dos Santos
               **Jéssica Gabriele Burity da Costa
               ***Jéssica Tayna Soares Silva


Após sua primeira apresentação no ano de 1986, em um hospital de Nova Iorque para crianças debilitadas, Michael Christensen, ator circense, tornou-se pioneiro no desenvolvimento da palhaçoterapia. Através da arte do Clown, os grupos de palhaçoterapia, hoje existentes, tentam disseminar alegria, minimizando a dor e o sofrimento dos pacientes na esperança de alcançar resultados positivos no quadro saúde-doença. 


A rotina nesses ambientes são monótonas e cheias de regras, totalmente diferente da rotina que o paciente está acostumado. Eles deixam suas casas, famílias e costumes para se adaptar a uma nova realidade, o  que torna o desenvolvimento do tratamento e a aceitação dos pacientes mais difíceis. Dessa forma, a palhaçoterapia surge com o intuito de transformar o ambiente hospitalar e torná-lo mais agradável. Pessoas dispostas a fazer o bem, doam um pouco do seu tempo para se dedicar ao outrem. É através do mundo lúdico do palhaço que esses voluntários entram em cena com uma terapia que apesar de não ser medicamentosa, tenta alcançar resultados positivos no caso clínico dos pacientes. A resposta positiva é notada através de um sorriso, na interação com a equipe médica que, muitas vezes é encarada de maneira negativa devido às restrições  na estimulação ao tratamento e até mesmo na forma de se comunicar dos enfermos. Além do efeito na vida dos pacientes, o projeto atinge positivamente os familiares, que abdicam seu dia a dia  para vivenciar um momento tão delicado, que é o tratamento e a adaptar-se as rotinas hospitalares. Esses acompanhantes levam uma carga de energia positiva e ganham forças para suportar as fragilidades que envolvem o ambiente hospitalar. 


A jornada de trabalho exaustiva trás consigo a mecanização dos procedimentos, e é por isso que a equipe médica também é alvo da palhaçoterapia, uma vez que é preciso re-humanizar os profissionais e sensibiliza-los para que a relação entre paciente e equipe medica flua de forma eficaz e contribua para a evolução do tratamento. Acreditar nessa abordagem terapêutica é reafirmar uma tendência mundial dos sistemas de saúde, que aposta na multidisciplinaridade e consequentemente na utilização da arte clown nos hospitais, reconfigurando o ambiente e mostrando o quanto pode ser benéfico para os pacientes. 

Referências:
RODRIGUES,
André Furtado de Ayalla; FILHO, Wellington Jorge Nunes. A utilização do palhaço no ambiente hospitalar. 2013. Disponível em: <file:///C:/Users/PaulaFrancinnett.PaulaFran/Downloads/28127-111471-1-PB.pdf>. Acesso em: 02/10/2016.
LIMA, RAG et al . A arte do teatro Clown no cuidado às crianças hospitalizadas. Revista da Escola de Enfermagem, São Paulo, USP, v. 43, n. 1, mar. 2009.

MITRE, R.M.A; GOMES, R. A perspectiva dos profissionais de saúde sobre a promoção do brincar em hospitais. Cien. Saude Coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n.5, p.1277-84.jul.2007.




*Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA;
**Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA;
***Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA.

Como identificar um AVC?


No dia 29 de outubro é marcado mundialmente pelo combate ao Acidente Vascular Cerebral, ou AVC. Dados do Ministério da Saúde estimam que 100 mil pessoas morrem por ano no Brasil vítimas da doença. Também conhecido como derrame, o AVC ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da área que ficou sem circulação sanguínea. Os sinais de que o AVC está para acontecer aparecem de uma maneira muito repentina, mas é possível identificar alguns sintomas a tempo de procurar uma assistência médica.


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Psoríase e preconceito

Psoríase: informação é a melhor forma de combater o preconceito

Cerca de 3% da população mundial, ou seja, mais de 125 milhões de pessoas têm psoríase e sofrem com o preconceito causado pela falta de informação. No Dia Nacional de Conscientização da Psoríase, celebrado em 29 de outubro, nós do Se Ligue na Enfermagem, fazemos um alerta para a doença, que é crônica, inflamatória e não contagiosa, afetando principalmente a pele.

No Brasil, aproximadamente 5 milhões de brasileiros sofrem com os sintomas da doença, que tem um alto impacto na qualidade de vida dos pacientes. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase não tem cura, mas, com o tratamento adequado, é possível conviver com a doença.

“As causas da doença não são totalmente conhecidas. Há uma predisposição genética que, aliada a fatores do ambiente, podem desencadear o quadro. Infecções de garganta, medicações como certos antidepressivos a base de lítio, bem como o estresse e a ansiedade são fatores que desencadeiam ou agravam o problema”, explica Ricardo Romiti, coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da USP.

95% dos brasileiros não sabem o que é a doença e quase metade das pessoas que vivem com psoríase acredita que o preconceito causa mais angústia do que os próprios sintomas. Segundo dados da pesquisa CLEAR, a maior já realizada no mundo para entender como vivem e o que sentem as pessoas com psoríase, de moderada a grave, o Brasil é o segundo país onde os pacientes são mais discriminados por conta da doença. Por aqui, 96% dos pacientes já foram humilhados ou discriminados, enquanto a média global – que também é altíssima – é de 85%.
  • Tratamento
O tratamento deve ser acompanhado por um dermatologista. É importante utilizar medicação local, hidratantes e tomar banho de sol. Também há medicações via oral e intravenosa. Além dos tratamentos específicos para doença, em alguns casos é recomendável buscar terapia com psicólogo para ajudar a controlar o desgaste emocional causado pela insatisfação com a aparência.
  • Pesquisa
Para obter informações mais aprofundadas, a SBD realizou um mapeamento para medir a prevalência da psoríase diagnosticada por médicos nas capitais do Brasil. Foi realizada uma pesquisa inédita na América do Sul, que mostra a variação da prevalência da doença nas regiões brasileiras, indo de 0,92% na região Norte a 1,88% na região Sudeste. Segundo Hélio Miot, dermatologista e coordenador da pesquisa, foram explorados fatores que pudessem explicar a grande variabilidade de prevalências constatada entre as capitas das diversas regiões brasileiras. 
“Concluímos que a proporção de ancestralidade europeia, a menor incidência solar e a maior densidade de dermatologistas são elementos que se associaram à maior prevalência em algumas capitais”, explica. Para o dermatologista Marcelo Arnone, que, ao lado de Miot e de Ricardo Romiti também trabalhou na coordenação do levantamento, algumas capitais podem ter apresentado um percentual de casos inferior a sua prevalência na população. 

“Sabemos que, dependendo da região do país, o acesso da população ao sistema de saúde é mais difícil. Podem existir, então, casos não diagnosticados, mas não é possível mensurá-los”, diz. Já a prevalência por idade mostrou que os idosos são mais acometidos, com a incidência de 2,29% entre maiores de 60 anos, contra 0,58% entre menores de 30 anos e 1,39% em adultos entre os 30 e os 60 anos. Das cinco regiões do Brasil, houve mais casos diagnosticados nas regiões Sul e Sudeste.
  • Fatores de risco
Apesar de as causas ainda não estarem totalmente esclarecidas, é possível identificar fatores que levam ao aparecimento da doença:
  1. Predisposição genética
  2. Estresse emocional
  3. Infecções
  4. Traumas físicos e psíquicos
  5. Efeito colateral de alguma medicação
  6. Tabagismo
  7. Alcoolismo

Via: Prof. Dr. Max Grinberg - Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP