sábado, 29 de abril de 2017

30,1 milhões de brasileiros sofrem de depressão e ansiedade

A depressão e a ansiedade já são consideradas os principais males do século 21, relacionadas principalmente a uma sociedade mais imediatista e um estilo de vida onde se trabalha muito e há pouco espaço para o prazer e a diversão. Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 322 milhões de pessoas no mundo têm depressão, com um crescimento de 18,5% nos últimos dez anos.

No Brasil, o problema afeta 5,5% da população, acima da prevalência mundial, que é de 4,4%, impactando a vida de 11,5 milhões de brasileiros. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Os efeitos da bebida alcoólica no cérebro

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A bebida alcoólica age de forma diferente em cada um e, após algumas doses, sobe à cabeça, inevitavelmente. Os efeitos variam, podendo deixar a pessoa mais desinibida, alegre, leve, corajosa ou, ainda, agressiva e depressiva. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe um nível seguro para o consumo de bebidas alcoólicas. Nesse sentido, entende-se que o uso traz riscos à saúde, especialmente se a pessoa beber mais de duas doses por dia e não deixar de beber pelo menos dois dias na semana.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Pernambuco normativa uso do nome social no SUS


Após instrução normativa da Secretaria Estadual de Educação (SEE) para uso do nome social de estudantes travestis e transexuais femininas e masculinos na matrícula, fichas de freqüência e cadernetas eletrônicas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) também publicou no Diário Oficial do Estado (D.O/PE) orientações para que o nome social também seja respeitado durante o atendimento em todas as unidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco. Além de informar aos serviços da publicação, a Coordenação Estadual de Saúde LGBT da SES também está fazendo um trabalho de conscientização nas unidades para reforçar a norma. O Hospital Correia Picanço, referência estadual para o tratamento de doenças infecto-contagiosas, foi a primeira unidade a receber a equipe técnica. Em maio, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) também será contemplado com a visita da Saúde LGBT.

Nesta quarta-feira, a SES ainda participa da I Jornada de Ações dos Homens Trans, promovida pela Associação de Homens Trans & Transmasculinidades (AHTM) e Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT), com o tema Homens Trans pernambucanos na construção da história. Durante o encontro, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no auditório G2, das 9h às 19h, serão distribuídos cartazes sobre os serviços de referência de saúde para homens transexuais em Pernambuco. Serão discutidas temáticas vividas por essa população, atrelado a questões de saúde, educação, cidadania, entre outras.

HC - O Espaço Trans do Hospital das Clínicas é um serviço de assistência à população transexual e travesti. Foi credenciado pelo Ministério da Saúde em novembro de 2014, para responder às demandas e necessidades de cuidado desta população. É um dos cinco serviços habilitados no Brasil e segue as diretrizes que regulamentam o Processo Transexualizador no SUS.

O ambulatório visa a integralidade da atenção a transexuais e travestis, por meio de intervenções com equipe interdisciplinar e multiprofissional (psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, médico ginecologista, urologista, endocrinologista, fonoaudiólogo entre outros). Tem como meta terapêutica a autonomia da pessoa no enfrentamento dos agravos decorrentes de processos discriminatórios, favorecendo o acesso às intervenções corporais, ao uso de hormônios e cirurgias de transgenitalização e demais adequações, conforme os interesses e necessidades. O público deve ser regulado por outros serviços de saúde. A unidade também atende por demanda espontânea. Mais informações no (81) 2126.3587.

Fonte: Diário de Pernambuco

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cresce busca por terapia alternativa no SUS, mas oferta ainda é pequena



Em uma unidade de saúde de Riacho Fundo, no Distrito Federal, a sala de computadores abre espaço uma vez por semana a tapetes de borracha e música.

Lado a lado, quatro mulheres aproveitam um intervalo após a consulta médica dos filhos para aprender técnicas de shantala, prática de massagem originada na Índia e que visa aliviar dores em bebês ou acalmá-los.
"Depois que comecei a fazer a massagem, vi que ele fica mais tranquilo", conta Lorena Andrade, 26, mãe do pequeno Alexander, de cinco meses, que pratica shantala há duas semanas.
Baseadas em conhecimentos tradicionais, práticas como essas têm sido feitas com maior frequência em unidades da rede pública de saúde.
Em oito anos, o número de atendimentos em terapias alternativas e complementares no SUS cresceu 670%, passando de 271 mil, em 2008, para 2,1 milhões em 2016, segundo o Ministério da Saúde.
São tratamentos com base em saberes populares e tradicionais e que visam ajudar na prevenção de doenças ou na melhoria das condições de saúde de alguns pacientes.
No SUS, eles são definidos como "práticas integrativas" ou "complementares" (à medicina convencional). Entram na lista práticas como homeopatia, acupuntura, fitoterapia (tratamento com base em plantas medicinais), termalismo (com águas minerais ou termais), entre outras.
O aumento nos atendimentos acompanha a extensão dos serviços. Antes ofertadas em 967 estabelecimentos, as terapias já estão presentes em ao menos 5.514, segundo dados de 2008 a 2016.
Tais serviços, no entanto, ainda abrangem apenas uma parte do país: hoje, apenas 30% dos 5.570 municípios do país ofertam esse modelo de terapia, a maioria capitais e cidades de médio porte.
Para o diretor do departamento de atenção básica do Ministério da Saúde, Allan Souza, essa diferença ocorre devido à maior oferta nestes locais de treinamento e formação de profissionais.
"São práticas que não exigem grandes investimentos [para implementação], mas que precisam de profissionais de saúde habilitados."
Segundo ele, a pasta tem aumentado a oferta de cursos à distância para atender à demanda por expansão.
No início deste mês, uma portaria do Ministério da Saúde incluiu 14 novas terapias à política nacional de práticas integrativas. Com isso, o número de práticas complementares reconhecidas no SUS passou de cinco para 19.
São elas: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, naturopatia, meditação, musicoterapia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga.
SHAN... QUÊ?
Apesar da expansão, grupos que trabalham com práticas integrativas também apontam desafios.
"Ainda há muito desconhecimento, até de profissionais", relata Valéria Frota, gerente de práticas integrativas da secretaria de saúde do Distrito Federal, um dos primeiros a ofertar esse tipo de atendimento no país.
"Existe também muita resistência. Muitas vezes as pessoas nos procuram com dor e propomos um tipo de terapia, mas elas hesitam. Depois, querem repetir", relata.Foi o que ocorreu com Marcileia Freitas, 38, ao saber da oferta de cursos de shantala pela unidade de saúde onde consultava na gravidez.
"Não sabia direito para o que servia." Hoje, aplica a massagem todos os dias nas duas filhas, ambas com sete meses. "Elas ficam menos agitadas e dormem mais."
Já Adriani Tiussi, 39, descobriu há duas semanas o reiki, técnica que usa a imposição das mãos para transmitir energia e tentar restabelecer o equilíbrio físico, espiritual e emocional. "Isso tem me ajudado a controlar a ansiedade. Tenho dormido melhor e sentido maior controle."
Para Frota, o benefício das práticas está na possibilidade de complementar o tratamento ou prevenir doenças.
"Quando o paciente utiliza esse tipo de serviço, ele diminui a medicação e o índice de dor, entre outros fatores que levam a patologias", diz. Com informações da Folhapress. 

quarta-feira, 19 de abril de 2017

“Como tive gêmeos por parto vaginal após uma cesárea”

Depois de passar por uma cesariana indesejada, Soraya optou pelo parto humanizado na segunda gestação.

(Arquivo Pessoal/Soraya Sandoval)

Soraya Sandoval é mãe de três meninas. A primeira, hoje com cinco anos, nasceu por meio de uma cesárea desnecessária e não desejada. As duas caçulas – gêmeas – vieram ao mundo após um intenso processo de busca por informações sobre o parto humanizado e pelas mãos de uma equipe preparada e muito acolhedora. Conheça essa história!

“Desde a minha primeira gestação eu queria ter um parto normal, mas eu pensava que tudo aconteceria naturalmente, que todos fossem apoiar essa decisão e que no momento em que eu entrasse em trabalho de parto a equipe do hospital esperaria o tempo que fosse necessário para minha bebê nascer. Mas infelizmente não foi assim que aconteceu!

Minha bolsa rompeu, começaram as contrações e fomos para o hospital. Chegando lá, imediatamente me examinaram e já me informaram que eu estava com 3 centímetros de dilatação. Gestante de primeira viagem, dando entrada na maternidade com pouca dilatação, sem acompanhamento de uma doula, sem informação e muita dor! Eu era um alvo fácil para a realização de uma cesárea desnecessária.

Assim que me acomodei no quarto onde eu passaria as próximas torturantes horas, já notei a frieza e falta de empatia da equipe que me recebeu. Esperava outro tipo de tratamento, afinal eu viveria o evento mais importante da minha vida: o nascimento da minha primeira filha. Mas para eles isso não importa. Eles fazem isso o tempo todo. Eu só era mais uma. E eles tinham pressa! 

Naquela maternidade não era permitida a entrada de mais de um acompanhante com a gestante. Eu queria muito que uma amiga fisioterapeuta ficasse comigo pelo menos durante as primeiras horas para me dar suporte físico e emocional. Eu não fazia ideia da importância da presença do meu marido naquele momento comigo, então escolhi que ela entrasse comigo primeiro.

Depois de umas 5 horas que eu já estava internada, o obstetra chegou para me examinar e me deu a triste notícia de que eu tinha dilatado muito pouco. Já bem desanimada e sem esperança, sem comer e tomar água, o médico aproveitou minha vulnerabilidade e me ofereceu uma cesárea. Sem titubear, eu aceitei. Naquele momento, eu pensava ter sido a melhor decisão a tomar. E talvez de fato tenha sido! Lá no fundo eu sabia que havia uma grande chance do meu parto terminar com muito sofrimento e trauma.

Fui para o centro cirúrgico e em 20 minutos eu já ouvia o choro da minha filha. Colocaram-na próximo ao meu rosto, dei um beijinho nela e logo a levaram para que ela fosse examinada e trocada. Minha vontade era pegá-la no colo, abraçá-la. Mas não podia. Enquanto me costuravam, eu ouvia seu choro e não podia nem olhar para trás para ver o que estava acontecendo. Depois que o bebê nasce, o tratamento da equipe do hospital com a mulher que já se tornou mãe não é muito diferente de quando ela chegou ainda grávida. As enfermeiras não davam a real importância para a minha dificuldade com a amamentação e de novo eu me sentia fraca e incapaz. Mas agora eu era responsável pela vida e nutrição de um ser: minha filha.

Quando eu voltei para a casa, inconformada com o fato de não estar conseguindo amamentar do jeito que eu gostaria, comecei uma busca incessante por informações a respeito de amamentação. Até que eu caí no assunto ‘parto humanizado’ e descobri que eu tinha passado por uma cesárea desnecessária e havia sofrido alguns tipos de violência obstétrica.

Fiquei fissurada pelo assunto e a partir de então não parei mais de estudar sobre. Prometi a mim mesma que se um dia eu ficasse grávida novamente, tudo seria diferente. Quando minha filha estava com 3 anos, meu marido eu já nos sentíamos preparados para ter um segundo filho – e em fevereiro de 2015 descobri que estava grávida de novo.

Mais informada e empoderada, procurei uma doula e comecei a pesquisar equipes humanizadas para assistir o meu parto. Só que, para minha surpresa, o primeiro ultrassom revelou que era uma gestação gemelar. Foi um susto e a novidade nos pegou de surpresa! Não estava nos nossos planos ter três filhos! E agora o meu tão sonhado parto normal? E agora nossa vida? E agora tudo? Eu nunca tinha me interessado por esse universo gemelar, nunca tinha lido nada a respeito e tive que começar do zero.

Encontrei um grupo de apoio a mulheres que desejam parto normal de gêmeos no Facebook, o “Parindo Gêmeos”, e ali eu me encontrei! Só tinha mulheres que haviam parido seus gêmeos da forma mais natural e respeitosa possível – um parto mais lindo que o outro! Aquilo me deu uma paz. Eu sabia que era possível parir e amamentar gêmeos. Agora só restava encontrar a equipe que toparia assistir um parto normal gemelar com cesárea anterior. Na cidade onde eu moro, nenhum obstetra topou. Todos diziam que deveria ser cesárea pelo simples fato de serem gêmeos e mais ainda pela cesárea que eu já tinha feito há 3 anos.
E foi no grupo do Facebook que eu descobri um obstetra humanizado que atende na cidade de São Carlos. Uma das moderadoras do grupo havia parido lá e foi assistida por ele. Depois de conseguir todas as informações que eu precisava, falei com meu marido e decidimos conversar com esse médico. No dia da consulta, aproveitamos para conhecer a maternidade e nos apaixonamos! Estava decidido: o parto ia ser lá!

(Arquivo Pessoal/Soraya Sandoval)
Agora era só seguir em frente e esperar a hora. As duas bebês estavam em posição cefálica, eu me sentia muito bem e estávamos muito saudáveis. Durante toda a gestação eu pratiquei yoga, dança do ventre e cuidava muito da alimentação. Minha grande preocupação era fazer essa gestação chegar a termo da forma mais saudável possível. Além de toda a preparação física com as atividades que vinha praticando, eu tinha toda informação de que precisava: sabia todas as indicações reais e fictícias para a realização de uma cesárea; conhecia praticamente todos os tipos de intervenções que poderiam ocorrer durante o trabalho de parto; sabia como respirar e me concentrar durante as contrações. Mas o mais importante: eu havia escolhido um obstetra humanizado e uma equipe humanizada, que realizavam seus atendimentos baseados nas mais atuais evidências científicas.
No dia 16 de setembro de 2015, eu entrei em trabalho de parto e fui para a maternidade com meu marido, minha doula e minha irmã juntos. Viajamos 120 km, mas foi muito tranquilo. Dei entrada na maternidade às 21h, com 4 cm de dilatação. No quarto em que me hospedei havia cama de casal, banheira e todos os aparatos para parto humanizado: banqueta, bola de pilates, barra.
Fui muito respeitada por toda equipe do hospital e estava cercada de amor e carinho das pessoas que escolhi para estarem comigo naquele momento. As horas passavam sem eu perceber. Eu estava muito calma e procurei não criar expectativas. O obstetra passava de vez em quando para ver como estavam as coisas, sempre muito respeitoso e aguardando o tempo das minhas bebês. Tive a liberdade de comer e beber o que eu quisesse; pude me movimentar e ficar na posição em que eu me sentisse melhor; entrar e sair da banheira, do chuveiro… Enfim, pude ficar onde eu preferisse. Tudo estava correndo super bem! Minha pressão arterial estava ótima, os batimentos cardíacos das bebês estavam excelentes, então não havia motivo para pressa. Só nos restava aguardar. E assim foi até às 20h do dia 18 de setembro.
Eu me acomodei na banheira com meu marido de frente para mim e ali nossas bebês nasceram, num lindo e tranquilo parto na água. Cercadas de amor e respeito. Primeiro a Mariana e, 11 minutos depois, a Heloísa. Vieram direto para os nossos braços, sob os olhares atentos da doula, da minha irmã, do obstetra, das enfermeiras e da pediatra. Todos em silêncio e num ambiente com pouquíssima luz. Nem parecia que tinha mais alguém naquele quarto além do meu marido, eu e as bebês. Ali mesmo elas foram examinadas pela pediatra e não saíram mais de perto de mim durante minha permanência na maternidade.
E assim fui curada! Curada de uma ferida que me causaram quase quatro anos antes desse parto, quando me convenceram de que eu não era capaz de parir um bebê. Não pari um, mas dois de uma vez. Eu só tenho a agradecer a todos que participaram desse parto, direta e indiretamente, e a todos que apoiaram nossa decisão. Em especial meu marido, que é meu companheiro de todas as horas, que se informou e se empoderou comigo para passar por esse processo da forma linda que foi”.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Jogo da 'Baleia Azul' e seus desafios: cinco dicas para a prevenção de pais e alunos

Foto: G1

O jogo da 'Baleia Azul', que propõe 50 desafios aos adolescentes e sugere o suicídio como última etapa, preocupa pais, alunos e professores no Brasil. Há pelo menos dois casos de morte sob investigação policial, em Mato Grosso e na Paraíba, além de uma tentativa de suicídio, no Rio de Janeiro, que supostamente podem ter relação com o jogo.

O que atualmente está sendo conhecido como "jogo" na verdade é uma sequência de troca de mensagens em redes sociais e tarefas a serem cumpridas. Nas conversas, um grupo de organizadores, chamados "curadores", propõe 50 desafios macabros aos adolescentes, como fazer fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se desenhando baleias com instrumentos afiados em partes do corpo e ficar doente.

Segundo o presidente da Safernet, Thiago Tavares, o jogo foi um “fake news” (notícia falsa) divulgada por um veículo de comunicação estatal da Rússia que se espalhou a partir de 2015. “Era um ‘fake news’, mas existe um efeito que, sendo verdadeira ou não, a notícia gera um contágio, principalmente entre os jovens. O jogo não existia, mas com a grande repercussão da notícia, pode ter passado a existir.”

1. Fique atento à mudança de comportamento

Uma mudança brusca de comportamento pode ser sinal de que a criança ou o adolescente esteja sofrendo com algo que não saiba lidar, segundo Elizabeth dos Reis Sanada, doutora em psicologia escolar e docente no Instituto Singularidades.
“Isolamento, mudança no apetite, o fato de o adolescente passar muito tempo fechado no quarto ou usar roupas para se esquivar de mostrar o corpo são pistas de que sofre algo que não consegue falar”, diz.

2. Compartilhe projetos de vida

Para entender se a criança ou adolescente está com problemas é fundamental que os pais se interessem por sua rotina. Elizabeth reforça que este deve ser um desejo genuíno, e não momentâneo por conta da repercussão do “Jogo da Baleia”.

“Os pais devem conhecer a rotina dos filhos, entender o que fazem, conhecer os amigos”, afirma a Elizabeth. Ela lembra que muitos adolescentes “falam” abertamente sobre a falta de motivação de viver nas redes sociais. Aos pais cabe incentivar que os filhos tenham projetos para o futuro, tracem metas como uma viagem, por exemplo, e até algo mais simples, como definir a programação do fim de semana.

3. Abra espaço para diálogo

Filhos devem se sentir acolhidos no âmbito familiar, por isso, Elizabeth reforça que é necessário que os pais revertam suas expectativas em relação a eles. “É preciso que o adolescente se sinta à vontade para falar de suas frustações e se sinta apoiado. Se ele tiver um espaço para dividir suas angústias e for escutado, tem um fator de proteção”, afirma Elizabeth.

Angela Bley, psicóloga coordenadora do instituto de psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, diz que o adolescente com autoestima baixa, sem vínculo familiar fortalecido é mais vulnerável a cair neste tipo de armadilha. “O que tem diálogo em casa, não é criticado o tempo todo, tem autoestima melhor, tem risco menor. Deixe que ele fale sobre o jogo, o que sente, é um momento de diálogo entre a família.”

Angela reforça que muitas vezes o adolescente não tem capacidade de discernir sobre todo o conteúdo ao qual é exposto. “Por isso é importante o diálogo franco. Não pode fingir que esse tipo de coisa não existe porque ele sabe que existe.”

4. Adolescentes devem buscar aliados

O adolescente precisa buscar as pessoas em que confia para compartilhar seus anseios, seja no ambiente escolar ou familiar, segundo as especialistas. “Que ele não ceda às ameaças de quem já está em contato com o jogo e entenda que quem está a frente deles são manipuladores”, diz Elizabeth.

5. Escolas podem criar iniciativas pela vida

Assim como a família, as escolas podem ajudar a identificar situações de risco entre os alunos. “Não é qualquer criança que vai responder ao chamado de um jogo como esse, são os que têm situações de vulnerabilidade. A escola ajuda a construir laços e tem papel fundamental de perceber como os alunos se desenvolvem”, afirma Elizabeth.

Alguns colégios, já cientes da viralização do jogo, começaram a pensar em alternativas para aumentar a conscientização sobre a importância de cuidade da vida. No Colégio Fecap, que fica na Região Central de São Paulo, essa ideia virou projeto escolar: a turma de alunos do ensino médio técnico de programação de jogos digitais começou a criar uma espécie de “contra-jogo” da Baleia Azul.

“O jogo ainda está sendo produzido pelos alunos. Eles estão se reunindo e debatendo a questão. Serão 15 desafios de como desfrutar melhor da vida e celebrá-la”, conta o professor Marcelo Krokoscz, diretor do colégio.

Durante o curso, os estudantes aprender a aplicar linguagens de programação para criar jogos para computadores, videogame, internet e celulares, trabalhando desde a formação de personagens, roteiros e cenários até a programação do jogo em si. Segundo Krokoscz, a ideia é que o jogo, ainda sem prazo de lançamento, esteja disponível on-line para o público em geral.

Ele afirma que o objetivo é a ajudar os jovens a verem o lado bom da vida. “Impacta mais fortemente nossos alunos a partir do momento que eles mesmos criam um jogo a favor da vida.”

segunda-feira, 17 de abril de 2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DA FILARIOSE LINFÁTICA


Camila Moraes de Oliveira¹, 
Danielly Mendonça¹, 
Eliade Monteiro¹

A filariose linfática é uma doença parasitaria crônica, transmitida pela Wuchereira bancrofi, (filaria). Popularmente conhecida como elefantíase, sua transmissão se da através da picada do mosquito, que transmite o parasita para o ser humano.

Na fase aguda podem aparecer fenômenos inflamatórios, entre eles inflamações dos vasos linfáticos e linfangite, além de sintomas gerais como febre, dor de cabeça, mal estar, entre outros (FONTES, 1996).

Mais tarde por um período de meses ou anos, os pacientes podem apresentar inchaço de membros, e/oumamas no caso de mulheres, e inchaço por retenção de líquidos dos testículos no caso de homens.

 Doenças infecciosas da pele são frequentes a presença de gordura na urina são outras possíveis manifestações. Pode ainda haver evolução para formas graves e incapacitantes de elefantíase (aumento excessivo do tamanho dos membros); linfadenites (pele avermelhada e sensação de calor).

A filariose linfática é uma doença parasitaria crônica, transmitida pela Wuchereira bancrofi, (filaria). Popularmente conhecida como elefantíase, sua transmissão se da através da picada do mosquito, que transmite o parasita para o ser humano.

Através da metodologia de revisão bibliográfica, foram levantados alguns métodos diagnósticos utilizados na busca ativa de casos positivos de filariose nas comunidades de risco e realizados nos centros de referência da filariose, são eles:

Diagnósticos parasitológicos - Gota espessa ou GE, onde é colhido sangue por capilar digital, à noite, em seguida a amostra é fixada e corada e posteriormente analisada pelo o microscópio, com essa técnica pode ser visualizadas as microfilárias; o individuo com resultado positivo é caracterizado como microfilarêmico.

Microfilária.
 Fonte e foto: invivo Fundação Osvaldo Cruz – Fiocruz


Filtração em membrana de policarbonato ou filtração noturna ou FN também é um método diagnóstico realizado a noite, onde é realizada uma punção venosa periférica, onde o sangue é passa posteriormente é transferido para uma membrana de Milipore ou Nuclepore, após realizada essa filtração é feita uma leitura ao microscópio para a visualização. Essa técnica pode identificar individuo com baixa parasitemia que não foi identificada anteriormente pela gota espessa (ROCHA, 2004).

Diagnóstico imunológico – teste de imunocromatrografia ou ICT card test, amplamente implantado por órgãos de saúde pública, sendo caracterizado com padrão ouro pela OMS, é um teste rápido com resultado em 10 minutos, que consiste em uma punção capilar digital e colocada no cartão com marcadores de antígeno filarial e é identificado ou não a positividade através da reação colorométrica. O ICT possui alto custo e sua fabricação é feita fora Brasil.

  Ict card test realizada na população de Sapucaia.
Fonte e Foto: Secretaria de Saúde de Olinda.

Diagnóstico molecular – Reação em cadeia da polimerase ou PCR é uma técnica da genética e biologia molecular de alta sensibilidade que detecta o DNA do parasito, mesmo que o individuo apresente baixíssima microfilaremia.

Diagnóstico por imagem – Ultra-sonografia ou USG é possível visualizar vermes adultos vivos nos vasos linfáticos na chamada “dança da filaria” (AMARAL et al, 1994).

Verme adulto de Wuchereria bancrofti.
Fonte e foto: invivo Fundação Osvaldo Cruz- Fiocruz

            Um diagnóstico rápido e com custo-benefício é o diferencial na vida das pessoas acometidas por esse agravo, pois trás resultados eficazes para que seja realizado o tratamento adequado e evite posteriormente o desenvolvimento de morbidades e agravos a sua saúde.

 Graduandas do curso de  Bacharelado em Enfermagem, Faculdade Integrada de Pernambuco- FACIPE

REFERÊNCIAS 

AMARAL, F., DREYER, G., FIGUEIREDO-SILVA, J., NORÕES, J., CAVALCANTE, A., SAMICO, S. C., SANTOS, A., COUTINHO, A. LIVE AULT WORMS DETECTED BY ULTRASONOGRAPHY IN HUMAN BRANCROFTIAN FILARIASIS. AMERICA JOURNAL OF TROPICAL MEDICINE AND HYGIENE, v.50, p.753-757, 1994.
FONTES, G. ASPECTO EPIDEMIOLÓGICO DA FILARIOSE LINFATICA, REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, BELO HORIZONTE-MG, BRASIL,1996.
ROCHA, A. FILARIOSE BRANCONFTIANA: AVALIÇÃO DOS TESTES DE DIAGNÓSTICO DISPONÍVEIS FRENTE AS DIVERSAS FORMAS CLINICAS DA BRANCOFTOSE. TESE DE DOUTORADO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. INSTITUTO OSVALDO CRUZ, RECIFE, 2004.
 Fonte :wwwtodabiologia.com/doença/filariose.htm.24/03/2017.


terça-feira, 11 de abril de 2017

Pós-graduação

Diferenciais do Curso

  • Fortalecimento de networking e equipe de professores formados por profissionais com vivência acadêmica e prática na área de atenção à saúde;
  • Coordenador dedicado ao curso, com formação e experiência na área da estética;
  • Laboratórios de aula completos;
  • Calendário de aulas antecipado;
  • Aplicação prática dos conteúdos com atendimento a pacientes;
  • Reposição de módulos inteligente, para garantir aos nossos alunos a conclusão do curso;
  • Material de aulas com envio antecipado;
  • Facipe Carreiras – núcleo de empregabilidade que auxilia nossos alunos na recolocação no mercado de trabalho;
  • Facipe Idiomas – aulas de inglês com preço promocional para os alunos FACIPE.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Em 2016, ANS cobrou dos planos de saúde R$ 1,6 bilhão por atendimentos realizados no SUS

Em 2016, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) cobrou das operadoras de planos de saúde cerca de R$ 1,6 bilhão por atendimentos realizados na rede pública. O valor se refere a 1.107.068 procedimentos realizados e representa um crescimento de 133,7% em relação ao valor cobrado no ano anterior (cerca de R$ 709 milhões). Os valores arrecadados pelo processo de ressarcimento ao SUS são encaminhados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) para a aplicação em programas e ações prioritários do governo federal. Somente em 2016, a ANS repassou ao Fundo um total de R$ 315,5 milhões.
“A cobrança dos valores devidos pelas operadoras para ressarcimento ao SUS tem sido aprimorada e os resultados recordes obtidos em 2016 são reflexo das melhorias implementadas. Instituímos um sistema eletrônico para agilizar o trâmite das impugnações e recursos, reduzimos o tempo médio de análise das impugnações e, com isso, conseguimos reduzir o passivo de processos”, explica a gerente-executiva de Integração e Ressarcimento ao SUS Fernanda Freire. Ela destaca que a produtividade de análises dos processos em 1ª e 2ª instância também bateu recorde em 2016. “Quando comparamos o volume de atendimentos analisados no ano passado em relação a 2011, verificamos que houve um aumento de mais de 50% na produtividade”, afirma.
Desde 2001, quando a ANS começou a cobrar das operadoras os valores relativos ao ressarcimento, foram identificados 2,1 milhões de atendimentos realizados por beneficiários de planos de saúde no SUS passíveis de cobrança. Esses atendimentos correspondem a mais de R$ 3,4 bilhões. Deste montante, R$ 1,5 bilhão (43,4%) foram arrecadados e repassados ao FNS e R$ 744 milhões (21,9%) encaminhados para dívida ativa.
Do valor total cobrado, R$ 1,2 bilhão (ou seja, 34,7%) são alvo de processos judiciais de operadoras que contestam a cobrança ou que estão em fase de inscrição em dívida ativa. Até 2014, o percentual médio de impugnações por parte das operadoras chegava a 82%. Contudo, em 2015 houve uma mudança de comportamento das empresas, e esse índice caiu para 60% - o que representa 27,4% em relação à média histórica. Em 2016, esta redução foi ainda maior, e o índice de impugnação ficou em 51%.
Como é feito - O ressarcimento ao SUS é devido em razão dos atendimentos realizados na rede pública de saúde pelos beneficiários das operadoras, desde que esses serviços estejam previstos no rol de cobertura estabelecido pela ANS e não haja nenhuma exclusão legalmente permitida. É uma importante ferramenta regulatória e de proteção aos consumidores, na medida em que visa garantir a existência de uma rede assistencial adequada e coibir a prática de condutas abusivas por parte das operadoras.
Para fazer o reconhecimento de um beneficiário de plano de saúde atendido na rede pública, a ANS vale-se de um procedimento que cruza, periodicamente, a base de dados do SUS no que diz respeito à Autorização de Internação Hospitalar (AIH) e à Autorização de Procedimento Ambulatorial (APAC) com os sistemas da ANS. O resultado do cruzamento é enviado para as operadoras, que podem acatar a cobrança e quitar a dívida ou contestá-la. Somente em 2016, foram notificados 577.194 atendimentos de beneficiários na rede pública. Foi o maior volume de notificações realizadas em um ano desde a criação da ANS.
O não pagamento do ressarcimento comprovadamente devido pela operadora resulta na inscrição em dívida ativa e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN), bem como na consequente cobrança judicial.

terça-feira, 4 de abril de 2017

SUS passa a oferecer reiki, yoga e acupuntura entre outras terapias holísticas


Em janeiro deste ano, foi noticiado que o SUS já estava oferecendo algumas práticas alternativas no tratamento da saúde, como meditação, reiki e arteterapia, por exemplo. Na última semana, 14 novos procedimentos foram adicionados à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Ministério da Saúde.
Os tratamentos buscam auxiliar na cura e prevenção de diversas doenças, como depressão e hipertensão, por exemplo. Com a nova medida, o SUS passa a ofertar um total de 19 práticas integrativas e complementares em seus serviços: homeopatia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, medicina antroposófica, plantas medicinais e fitoterapia e termalismo social/crenoterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e yoga.
O Ministério da Saúde anunciou a novidade por meio de sua página no Facebook:
Algumas destas práticas já eram utilizadas em diversos municípios pelo país. Com a inclusão, no entanto, o Ministério da Saúde passa a ter informações mais precisas e qualificadas sobre sua utilização. Mais de 1.700 cidades já oferecem estas práticas integrativas e complementares num total de mais de 7 mil estabelecimentos. Apenas em 2016, 2 milhões de atendimentos do gênero foram realizados no país, mostrando a importância da expansão do programa. As informações são do Portal Saúde.