segunda-feira, 7 de novembro de 2016

BENEFÍCIOS DA PALHAÇOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DOS PACIENTES

*Andresa Matias dos Santos
               **Jéssica Gabriele Burity da Costa
               ***Jéssica Tayna Soares Silva


Após sua primeira apresentação no ano de 1986, em um hospital de Nova Iorque para crianças debilitadas, Michael Christensen, ator circense, tornou-se pioneiro no desenvolvimento da palhaçoterapia. Através da arte do Clown, os grupos de palhaçoterapia, hoje existentes, tentam disseminar alegria, minimizando a dor e o sofrimento dos pacientes na esperança de alcançar resultados positivos no quadro saúde-doença. 


A rotina nesses ambientes são monótonas e cheias de regras, totalmente diferente da rotina que o paciente está acostumado. Eles deixam suas casas, famílias e costumes para se adaptar a uma nova realidade, o  que torna o desenvolvimento do tratamento e a aceitação dos pacientes mais difíceis. Dessa forma, a palhaçoterapia surge com o intuito de transformar o ambiente hospitalar e torná-lo mais agradável. Pessoas dispostas a fazer o bem, doam um pouco do seu tempo para se dedicar ao outrem. É através do mundo lúdico do palhaço que esses voluntários entram em cena com uma terapia que apesar de não ser medicamentosa, tenta alcançar resultados positivos no caso clínico dos pacientes. A resposta positiva é notada através de um sorriso, na interação com a equipe médica que, muitas vezes é encarada de maneira negativa devido às restrições  na estimulação ao tratamento e até mesmo na forma de se comunicar dos enfermos. Além do efeito na vida dos pacientes, o projeto atinge positivamente os familiares, que abdicam seu dia a dia  para vivenciar um momento tão delicado, que é o tratamento e a adaptar-se as rotinas hospitalares. Esses acompanhantes levam uma carga de energia positiva e ganham forças para suportar as fragilidades que envolvem o ambiente hospitalar. 


A jornada de trabalho exaustiva trás consigo a mecanização dos procedimentos, e é por isso que a equipe médica também é alvo da palhaçoterapia, uma vez que é preciso re-humanizar os profissionais e sensibiliza-los para que a relação entre paciente e equipe medica flua de forma eficaz e contribua para a evolução do tratamento. Acreditar nessa abordagem terapêutica é reafirmar uma tendência mundial dos sistemas de saúde, que aposta na multidisciplinaridade e consequentemente na utilização da arte clown nos hospitais, reconfigurando o ambiente e mostrando o quanto pode ser benéfico para os pacientes. 

Referências:
RODRIGUES,
André Furtado de Ayalla; FILHO, Wellington Jorge Nunes. A utilização do palhaço no ambiente hospitalar. 2013. Disponível em: <file:///C:/Users/PaulaFrancinnett.PaulaFran/Downloads/28127-111471-1-PB.pdf>. Acesso em: 02/10/2016.
LIMA, RAG et al . A arte do teatro Clown no cuidado às crianças hospitalizadas. Revista da Escola de Enfermagem, São Paulo, USP, v. 43, n. 1, mar. 2009.

MITRE, R.M.A; GOMES, R. A perspectiva dos profissionais de saúde sobre a promoção do brincar em hospitais. Cien. Saude Coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n.5, p.1277-84.jul.2007.




*Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA;
**Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA;
***Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA.

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