quarta-feira, 12 de outubro de 2016

#OutubroRosa: Câncer de mama



O câncer de mama é o tipo que mais mata no Brasil. Entre 2009 e 2014, o número de casos da doença no país aumentou em 13,4%. Ao todo, são 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil a cada ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Estresse, obesidade, má alimentação, diminuição do número de filhos e, consequentemente, do tempo de amamentação são alguns dos fatores que contribuíram para esse aumento, segundo o coordenador de mastologia do Hospital Sírio-Libanês, Alfredo Barros. “Achamos que quem tem uma vida melhor (mais tranquila, sem estresse), se defende mais, tem imunidade melhor”, diz o médico.

Além de ter atenção aos fatores de risco, é importante examinar as mamas anualmente, a partir dos 40 anos, com o objetivo de detectar precocemente a doença e curá-la a tempo, antes que se espalhe pelo organismo. As mulheres com idade inferior a 40 anos e com histórico da doença na família também devem realizar o exame, conforme indicação médica.

Os sintomas podem variar e alguns só aparecem muito tarde. Além dos nódulos, podem ocorrer a retração de mamilo, o aumento da temperatura do seio, vermelhidão e o aparecimento de uma secreção. De acordo com o médico do Sírio-Libanês, as chances de cura do câncer de mama são de até 97%, se a mulher buscar tratamento ainda na fase inicial da doença.

A mamografia é capaz de identificar tumores ainda muito pequenos, de apenas um milímetro. Vera Ferreira, médica radiologista do Hospital Sírio-Libanês, afirma que a mulher pode se beneficiar do exame por toda a vida. “As mulheres devem iniciar o rastreamento aos 40 anos, de preferência anualmente. A data de término do rastreamento não é determinada, pois enquanto a paciente puder se beneficiar de um diagnóstico precoce o exame deve ser realizado.” O maior problema é que nem todas as mulheres conseguem ter acesso aos mamógrafos, os aparelhos que realizam o exame de mamografia.

O Ministério da Saúde determina que haja um mamógrafo para cada 240 mil habitantes, marca que o país já atingiu. Contudo, a distribuição desses aparelhos é que não é satisfatória, pois a maioria deles está concentrada em capitais e em grandes centros. O número coloca o Brasil longe da meta da OMS (Organização Mundial da Saúde) que determina que 70% das mulheres nessa faixa etária sejam examinadas periodicamente.

Via: Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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