segunda-feira, 28 de março de 2016

Tétano Neonatal


O Tétano Neonatal ou Tétano Umbilical é popularmente conhecido como “O mal de sete dias“, trata-se de uma doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que atinge o bebê no período neonatal (até 28 dias após o nascimento).

O agente causador do Tétano neonatal é um bacilo chamado Clostridium tetani, a infecção quando são utilizados instrumentos cortantes contaminados para secção do cordão umbilical, ou através do uso de substâncias contaminadas na ferida umbilical, como teia de aranha, pó de café, esterco, etc.

O tétano neonatal não é contagioso, não sendo transmissível de pessoa para pessoa. O seu diagnóstico é basicamente clínico e se manifes¬ta por rigidez muscular e espasmos musculares dolorosos. A manifestação clinica inicial a dificuldade de sucção.

O bebê pode apresentar irritação, choro constante e sem motivo, recusa a amamentação e contraturas que podem ser confundidas com cólicas. Ocorre dificuldade em abrir a boca (devido a contratura dolorosa da musculatura da mandíbula), seguida de rigidez de nuca, tronco e abdome, sudorese e taquicardia.

O quadro irá evoluir para uma rigidez generalizada e hiperflexão dos membros superiores, chamada de “posição de boxeador. A contração da musculatura facial leva ao cerramento dos olhos, fronte pregueada e contratura da musculatura dos lábios.

Os espasmos são desencadeados ao menor estímulo (toque, luminosidade e ruídos) ou podem surgir espontaneamente. Com a piora do quadro clinico o bebê deixa de chorar, respira com dificuldade e passam a ser constantes as crises de apnéia que podem levar a morte.

Fatores de risco para o tétano neonatal

- Baixas coberturas da vacina antitetânica em mulheres em idade fértil.

- Partos domiciliares assistidos por parteiras tradicionais ou outros sem capacitação e sem instrumentos de trabalho adequados.

- Oferta inadequada de pré-natal em áreas de difícil acesso.

- Baixa qualificação do pré-natal.

- Alta hospitalar precoce e deficiente acompanhamento do recém-nascido e da mãe.

- Hábito cultural inadequado associado ao deficiente cuidado de higiene com o coto umbilical e higiene com o recém-nascido.

- Baixo nível de escolaridade das mães.

- Baixo nível socioeconômico.

- Baixa qualidade da educação em saúde.

Medidas de Controle

- Vacinação de 100% das mulheres em idade fértil (gestantes e não gestantes);

- Melhoria da cobertura e da qualidade do pré-natal e da atenção ao parto e puerpério;


- Cadastramento e capacitação das parteiras curiosas tradicionais atuantes em locais de difícil acesso, visando eliminar a ocorrência da doença.

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