quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tratamentos bizarros já propostos pela medicina!





Tratamentos bizarros já propostos pela medicina
Azar dos aracnófobos
Se você chegasse em certas clínicas dos EUA no século 19 com um corte feio no braço, poderia sair de lá com uma enorme teia de aranha no machucado. Foi herança dos índios, que acreditavam no poder anticoagulante e cicatrizante do material. E talvez estivessem certos: hoje, cientistas estudam as propriedades das teias em cirurgias reconstrutivas
Sanduba de mofo
Por volta de 500 a.C., chineses aplicavam coalhada de soja embolorada nos furúnculos. Em outras civilizações, como a persa, pão mofado era usado como antibiótico natural. O bizarro é que funcionava! Alguns tipos de fungos conseguem destruir bactérias. Foi o que observou Alexander Fleming, em 1928, quando descobriu a penicilina - que é derivada do bolor
Melhor que chá verde
O formato redondo e perfeito das pérolas sempre fascinou os povos antigos - e fez a imaginação dos médicos bombar. Na China, o pó da joia servia para relaxar, desintoxicar e sarar inflamações na garganta. Na Europa medieval, era indicada para melancolia, envenenamento e até câncer! Seus efeitos nunca foram provados, mas ela ainda figura na medicina alternativa
Mania chinesa
O óleo de gordura de cobra sempre foi tradicional na medicina oriental. No século 19, imigrantes chineses o levaram para os EUA, para tratar dores nas articulações e reumatismo. Como o produto continha ômega 3, que agia como anti-inflamatório, a febre se espalhou pelo país. O problema é que pintaram vários remédios falsificados e "snake oil" virou gíria para "cura falsa"
Altíssima voltagem
Nos anos 30, epilépticos começaram a receber terapia de choque: eletrodos na cabeça conduziam estímulos elétricos direto ao cérebro. Mas a intensidade fazia as pessoas se debaterem violentamente. Elas chegavam a fraturar os ossos e sufocar com o próprio vômito.
E dá-lhe sanguessuga!
Os babilônios de 2000 a.C. já acreditavam que o "excesso de sangue" nas veias podia causar doenças (hein?). Hipócrates, na Grécia antiga, corroborou a tese: a menstruação seria uma maneira de a mulher se livrar de "impurezas" e do "mau humor". Resultado: na Idade Média, sangrias eram indicadas para sarar qualquer coisa, de febre a joelho ralado
Cortando o mal pela raiz
Na Inglaterra de 1600, acreditava-se que gagos não falavam direito porque tinham a língua dura. Para amolecê-la, a receita era beber vinho quente. Não era muito eficiente (óbvio!). Mas era menos doloroso do que a solução proposta em meados do século 19:cortar a língua pela metade! Sem anestesia! Hoje, a cirurgia de hemiglossectomia só é aplicada em pacientes com câncer oral
Desentupidor natural
A asma parece um bloqueio do canal respiratório, certo? Qual foi a "lógica" dos médicos indianos no século 19: achar alguma coisa que desobstruísse a via até os pulmões. O asmático deveria engolir um peixinho vivo, sem mastigar: ele supostamente "comeria" o que estivesse no caminho. Nada a ver: sistema digestivo e respiratório são duas coisas diferentes...
Café na contramão
No século 17, prisão de ventre era tratada com enema - a introdução de um líquido pela via anal. "Ah, mas enema existe até hoje!", você pode afirmar. A diferença é que, na época, médicos recomendavam que fossem injetadas misturas com mel, farelo de trigo, ervas e até café! Europeus da alta sociedade também aplicavam substâncias perfumadas para fazer cocô cheiroso
Fogo no rabo
Quem sofria com hemorroidas na Idade Média encarava um tratamento mais doído do que sentar em uma cadeira sem almofada. As veias dilatadas em torno do ânus eram cauterizadas com ferro em brasa, um procedimento muito comum para fechar ferimentos de guerra. A outra solução era tentar achar uma "pedra milagrosa", como a que curou São Fiacre, o padroeiro de quem sofre dessa doença
Picadinha de nada
No século 19, o médico austríaco Philip Terc foi atacado por abelhas e percebeu que, apesar das ferroadas, as dores de seu reumatismo diminuíram. A partir daí, várias pessoas aderiram à apiterapia: recebiam picadas controladas em certas partes do corpo para sanar artrite, tendinite e até herpes. Em alguns países orientais, ela ainda faz parte da medicina alternativa.

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