quinta-feira, 4 de junho de 2015

DEPILAÇÃO PUBIANA TOTAL: COMO ORIENTAR?


Durante a aula da disciplina Enfermagem na Atenção Cirúrgica e CME, no 5º período, a professora Elizandra Oliveira realizou uma enquete com as alunas da turma, onde foi lançada a seguinte pergunta:
“Como você, enquanto profissional de saúde, aconselharia uma mulher a REALIZAR da depilação pubiana total”?
Das 11 entrevistadas, 3 responderam que sim, desde que fossem utilizados métodos adequados; 5 responderam que não, devido ao risco de infecção; e 3 responderam que não aconselhariam POR NÃO TER CONHECIMENTO APROFUNDADO SOBRE A TEMÁTICA.
A depilação da área genital feminina atualmente é realizada por uma questão higiênica e de estética, apesar de não existir na literatura comprovação que essa prática melhore as condições de higiene da região. A remoção total dos pelos pubianos é considerada como novo padrão e pouco se sabe sobre suas consequências. Um estudo norte-americano associou a remoção total dos pelos às idades menores e ao fato de se ter vida sexual ativa. Hoje em dia, há várias técnicas para se depilar, desde a lâmina, cremes depilatórios, ceras quentes ou frias até a depilação definitiva com laser.
A literatura aponta que o uso de creme depilatório pode ser irritativo para a pele do genital. Acredita-se que o excesso de pelos pode acumular resíduos, dificultar a higiene e, consequentemente, predispor à infecções. A falta de estudos sérios e com boa casuística a esse respeito impossibilita afirmar qual seria a melhor conduta a ser orientada às pacientes.
Portanto, faz-se necessário investigar melhor quais são os hábitos das mulheres quanto à depilação e suas possíveis consequências. Esses dados poderão nortear os profissionais de saúde a orientar adequadamente suas pacientes.

Autor(A): Elizandra Oliveira, Luiziane Alves.


IRALDO, Paulo César et al . Hábitos e costumes de mulheres universitárias quanto ao uso de roupas íntimas, adornos genitais, depilação e práticas sexuais. Rev. Bras. Ginecol. Obstet.,  Rio de Janeiro ,  v. 35, n. 9, p. 401-406, Sept.  2013 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032013000900004&lng=en&nrm=iso>. access on  04  June  2015.   http://dx.doi.org/10.1590/S0100-7203201300090000.

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