terça-feira, 21 de abril de 2015

Enfermeiro aposta na diversão e cria jogos digitais para combater a dengue

Campanhas de combate ao mosquito Aedes aegypti agora podem ser divertidas e atrair crianças para os cuidados com a saúde. Apostando na tecnologia, o enfermeiro Patrício Almeida, de 33 anos, criou dois jogos digitais que auxiliam na orientação e educação em saúde, com foco para o combate ao transmissor da dengue e chikungunya.

Os aplicativos estão disponíveis para celulares com sistema android, mas a proposta é aumentar a abrangência para outras programações de telefones, a exemplo do IOS, segundo o criador dos aplicativos.

Ele conta que a ideia surgiu com a proposta de usar a influência das crianças com os pais para reforçar os cuidados domésticos na eliminação dos focos do mosquito. O trabalho propõe ainda fomentar desde cedo o costume de evitar criadouros do Aedes.

Em março de 2015, Macapá registrou um aumento de 457,7% nos casos notificados de dengue em relação ao mesmo período de 2014.Os dados são do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). O estudo apontou o lixo doméstico como o principal motivo de infestação do mosquito, representando 50% dos criadouros. O chikungunya registrou 2.185 casos confirmados nos três primeiros meses de 2015, diz a Defesa Civil do Estado.

"A maioria dos focos está associada ao lixo doméstico. Então, decidimos traçar uma estratégia de comunicação de fazer a mensagem chegar aos adultos. Com isso, fizemos aplicativos para fazer as crianças despertarem a importância do combate ao mosquito usando um aparelho comum, que é o celular", falou o enfermeiro, que também atua como analista de sistema.

Os games têm os nomes de "Fuja da Dengue" e "Dengue no Alvo". Eles podem ser baixados gratuitamente via online pelo Play Store, do Google. Almeida informou que precisou de um dia para elaborar cada game. Eles foram criados com base em programações disponibilizadas pela universidade norte-americana Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Jogos

No aplicativo "Dengue no Alvo", o usuário deve destruir os mosquitos pressionando em cima de cada um. A ideia é retratar as tradicionais "raquetadas elétricas" - utilização de instrumento na forma de raquete de tênis que dá choques elétricos no moquito - para se livrar dos transmissores. O segundo aplicativo, o "Fuja da Dengue", representa um personagem que durante o caminho para a escola tenta se livrar dos mosquitos, somando pontos e chegando ao destino final sem ser picado.

"A ideia principal é fazer as crianças terem a noção de que os mosquitos são ruins para elas", afirmou Almeida. Ele adiantou que pretende criar outros aplicativos na medicina, a exemplo de plataformas de vídeos, para auxiliar atendimentos ou "tira dúvidas" sobre doenças.

Confira o link para baixar os aplicativos:


0 comentários:

Postar um comentário