*Ana Luiza M arques, Larissa Brilhante, Rebeca Oliveira
É uma infecção sexualmente
transmissível causada pela bactéria Treponema
pallidum que geralmente entra no corpo por meios de cortes pequenos ou na
mucosa da vagina ou do pênis.
Figura 01. Treponema pallidum
A transmissão se dá através de
relação sexual sem preservativos com um indivíduo infectado ou de mãe para
filho durante a gestação ou no parto. A sífilis pode apresentar vários
estágios: primária, secundária, latente, terciária e congênita, onde no
primário e secundário, a possibilidade de transmissão é maior.
Na primária e nos homens, as feridas
aparecem no prepúcio, enquanto nas mulheres aparecem nos pequenos lábios e na
parede vaginal. Geralmente aparecem entre 2 a 3 semanas após o contágio. Não
dói, não coça, mas pode vim acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Figura 02. Feridas no
prepúcio
Já na secundária, aparecem entre 6 a 8 semanas, nas palmas
das mãos e nos pés, junto com dores musculares, dor de garganta e falta de
apetite.
Figura 03. Feridas na
palma da mão e nos pés.
O indivíduo entra no estágio latente após o desaparecimento
da secundária. Não apresentam sintomas e é dividida em latente precoce, onde a
infecção aconteceu a menos de um ano e a tardia, a mais de um ano. A sífilis
terciária retorna em pessoas que não seguem com o tratamento corretamente. Ela
pode aparecer depois de 10, 20, 30 anos da primeira infecção e pode danificar
os órgãos do organismo, como o cérebro, nervos, olhos, coração, fígado, vasos
sanguíneos, ossos e as articulações.
Figura 04. Sífilis
terciária
E por fim, temos a congênita, na qual é transmitida da mão
para o filho na hora do parto ou durante a gestação, por meio da placenta. A
sífilis durante a gravidez pode causar aborto, má formação ou morte do bebê ao
nascer. Em bebês vivos, os sintomas podem surgir desde as primeiras semanas de vida
até mais de 2 anos após o nascimento, incluindo perda de audição e deformidade
nos dentes.
Figura 05. Bebês
infectados apresentam rachaduras nos pés
COMO DIAGNOSTICAR QUE ESTOU COM SÍFILIS?
O exame de sangue VDRL indica os anticorpos que o organismo
produz contra a bactéria. Quando o resultado do teste dá negativo, significa
que a pessoa nunca teve contato com a sífilis, já quando o indivíduo está
infectado, dá positivo, onde mesmo que ele já tenha se tratado e curado, o
teste continua positivo, pois os anticorpos permanecem no corpo. E o FTA-ABS é
um teste para confirmação do VDRL.
SÍFILIS TEM CURA?
O tratamento mais indicado é a base da penicilina. Uma única
injeção já é capaz de impedir a progressão da doença, principalmente se for
aplicada no primeiro ano após a infecção. Caso não, deverá tomar mais de uma.
Já o tratamento para sífilis congênita costuma ser feito com o uso de 2
injeções de penicilina por 10 dias ou 2 injeções de penicilina por 14 dias,
dependendo da idade da criança.
Figura 06. Penicilina
*Alunas do terceiro período do curso de enfermagem da Facipe
REFERÊNCIAS
COURA, José Rodrigues. Síntese das
doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim
Epidemiológico - Sífilis Ano V. 2016.
REVISTA DA MOSTRA DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA. A patologia da sífilis. 2016.
REVISTA UNILUS ENSINO E PESQUISA.
Sífilis: Aspectos clínicos, epidemiológicos e diagnósticos no Brasil. 2016.