O morango é o
fruto de uma planta da família Rosaceae, a mesma das rosas, maçãs, pêras e
cerejas. É uma planta nativa das terras temperadas da Europa, mas que hoje em
dia é cultivada com sucesso em grande parte do mundo. Na era romana, era
valorizado por suas propriedades terapêuticas e praticamente servia para todos
os tipos de doenças. Começaram a ser cultivados no século XIII. O jardineiro de
Luis XIV cultivava morangos em Versalhes. Seu cultivo passou a ser popular no
século 18 e mais de 600 espécies foram desenvolvidas. Curiosamente, a parte
carnosa do morango, a que comemos, não é o fruto mas o resultado do inchaço dos
talos da planta. O fruto verdadeiro é a semente amarela que fica incrustada na
superfície da parte carnosa.
"Apesar de terem
começado a ser cultivados pelos romanos em 200 a.C., os morangos eram raros até
o fim do século XVIII, pois sua produção era difícil. O consumo popularizou-se
só com o surgimento de uma nova espécie, de fácil reprodução e cultivo, na
verdade um híbrido: os morangos consumidos atualmente (Fragaria ananassa)
surgiram de um cruzamento casual entre duas espécies americanas levadas à
região de Brest, na França. Alan Davidson, autor de The Oxford Companion to
Food (Oxford University Press, Inglaterra, 1999), informa que essas variedades
foram o morango chileno (Chiloensis), nativo do Pacífico no norte e sul da
América, e o Virginia (Fragaria virginiana), nativo do leste dos Estados
Unidos. A partir do aprimoramento das técnicas de cultivo surgiram inúmeras
espécies. Porém, o morango tem uma particularidade. Tecnicamente ele é uma
falsa fruta. Botânicamente, aquilo que chamamos de morango não é a fruta, e sim
um receptáculo dos frutos. Aqueles grãozinhos minúsculos que revestem sua
superfície é que são a verdadeira fruta do gênero Fragaria. Os puristas que nos
perdoem. Mas, do ponto de vista gastronómico, isso não faz a menor diferença.
Com tantas qualidades, pouco importa se o morango é uma fruta verdadeira ou
falsa."
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