Em dezembro de 2015, o
Ministério da Educação (MEC) já havia informado que as notas dos alunos seriam
utilizadas como quesito de admissão em cursos de pós-graduação. Apesar de já
anunciadas, as mudanças ainda não têm prazo para serem colocadas em prática.
"Passou da hora de o
ministério adotar esse procedimento e responsabilizar o aluno pela sua nota em
prova. É do conhecimento de todos que os alunos boicotam o teste, entregam em
branco. Não dá para a avaliação de uma instituição ficar nas mãos de um exame feito
sem comprometimento pelo estudante", disse Sólon Caldas, diretor executivo
do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular.
A nota dos alunos no Enade
compõe 60% do Conceito Preliminar do Curso (CPC), indicador de qualidade que é
usado para a regulação das instituições de ensino. Os outros 40% são avaliados
pela composição do corpo docente e a estrutura oferecida.
"Essa estrutura atual
prejudica a instituição e a sociedade, pois é por intermédio dessa nota que uma
faculdade pode ficar inabilitada para oferecer vagas no Fies e ProUni",
completou o diretor.
Mudanças - O MEC também
já havia anunciado em dezembro que o exame será digital e anual para todas as
instituições e cursos. Atualmente, a prova é feita todos os anos por um grupo
de áreas do conhecimento que se repete a cada três anos. Veterinária
e medicina estão entre os cursos que serão avaliados no Enade este
ano. O exame acontece em 20 de novembro.
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