O Tétano Neonatal ou Tétano
Umbilical é popularmente conhecido como “O mal de sete dias“, trata-se de uma
doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que atinge o bebê no período
neonatal (até 28 dias após o nascimento).
O agente causador do Tétano
neonatal é um bacilo chamado Clostridium tetani, a infecção quando são
utilizados instrumentos cortantes contaminados para secção do cordão umbilical,
ou através do uso de substâncias contaminadas na ferida umbilical, como teia de
aranha, pó de café, esterco, etc.
O tétano neonatal não é
contagioso, não sendo transmissível de pessoa para pessoa. O seu diagnóstico é
basicamente clínico e se manifes¬ta por rigidez muscular e espasmos musculares
dolorosos. A manifestação clinica inicial a dificuldade de sucção.
O bebê pode apresentar
irritação, choro constante e sem motivo, recusa a amamentação e contraturas que
podem ser confundidas com cólicas. Ocorre dificuldade em abrir a boca (devido a
contratura dolorosa da musculatura da mandíbula), seguida de rigidez de nuca,
tronco e abdome, sudorese e taquicardia.
O quadro irá evoluir para
uma rigidez generalizada e hiperflexão dos membros superiores, chamada de
“posição de boxeador. A contração da musculatura facial leva ao cerramento dos
olhos, fronte pregueada e contratura da musculatura dos lábios.
Os espasmos são
desencadeados ao menor estímulo (toque, luminosidade e ruídos) ou podem surgir
espontaneamente. Com a piora do quadro clinico o bebê deixa de chorar, respira
com dificuldade e passam a ser constantes as crises de apnéia que podem levar a
morte.
Fatores de risco para o
tétano neonatal
- Baixas coberturas da
vacina antitetânica em mulheres em idade fértil.
- Partos domiciliares
assistidos por parteiras tradicionais ou outros sem capacitação e sem
instrumentos de trabalho adequados.
- Oferta inadequada de
pré-natal em áreas de difícil acesso.
- Baixa qualificação do
pré-natal.
- Alta hospitalar precoce e
deficiente acompanhamento do recém-nascido e da mãe.
- Hábito cultural inadequado
associado ao deficiente cuidado de higiene com o coto umbilical e higiene com o
recém-nascido.
- Baixo nível de
escolaridade das mães.
- Baixo nível socioeconômico.
- Baixa qualidade da
educação em saúde.
Medidas de Controle
- Vacinação de 100% das
mulheres em idade fértil (gestantes e não gestantes);
- Melhoria da cobertura e da
qualidade do pré-natal e da atenção ao parto e puerpério;
- Cadastramento e
capacitação das parteiras curiosas tradicionais atuantes em locais de difícil
acesso, visando eliminar a ocorrência da doença.
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