*Andresa Matias dos Santos
**Jéssica
Gabriele Burity da Costa
***Jéssica
Tayna Soares Silva
Após sua primeira
apresentação no ano de 1986, em um hospital de Nova Iorque para crianças
debilitadas, Michael Christensen, ator circense, tornou-se pioneiro no desenvolvimento
da palhaçoterapia. Através da arte do Clown, os grupos de palhaçoterapia, hoje
existentes, tentam disseminar alegria, minimizando a dor e o sofrimento dos
pacientes na esperança de alcançar resultados positivos no quadro saúde-doença.
A rotina nesses ambientes são monótonas e cheias de regras, totalmente
diferente da rotina que o paciente está acostumado. Eles deixam suas casas,
famílias e costumes para se adaptar a uma nova realidade, o que torna o
desenvolvimento do tratamento e a aceitação dos pacientes mais difíceis. Dessa
forma, a palhaçoterapia surge com o intuito de transformar o ambiente
hospitalar e torná-lo mais agradável. Pessoas dispostas a fazer o bem, doam um
pouco do seu tempo para se dedicar ao outrem. É através do mundo lúdico do
palhaço que esses voluntários entram em cena com uma terapia que apesar de não
ser medicamentosa, tenta alcançar resultados positivos no caso clínico dos
pacientes. A resposta positiva é notada através de um sorriso, na interação com
a equipe médica que, muitas vezes é encarada de maneira negativa devido às
restrições na estimulação ao tratamento e até mesmo na forma de se
comunicar dos enfermos. Além do efeito na vida dos pacientes, o projeto atinge
positivamente os familiares, que abdicam seu dia a dia para vivenciar um momento tão delicado, que é
o tratamento e a adaptar-se as rotinas hospitalares. Esses acompanhantes levam
uma carga de energia positiva e ganham forças para suportar as fragilidades que
envolvem o ambiente hospitalar.
A jornada de trabalho exaustiva trás consigo a
mecanização dos procedimentos, e é por isso que a equipe médica também é alvo
da palhaçoterapia, uma vez que é preciso re-humanizar os profissionais e
sensibiliza-los para que a relação entre paciente e equipe medica flua de forma
eficaz e contribua para a evolução do tratamento. Acreditar nessa abordagem
terapêutica é reafirmar uma tendência mundial dos sistemas de saúde, que aposta
na multidisciplinaridade e consequentemente na utilização da arte clown nos
hospitais, reconfigurando o ambiente e mostrando o quanto pode ser benéfico
para os pacientes.
Referências:
RODRIGUES, André Furtado de Ayalla; FILHO, Wellington Jorge Nunes. A utilização do palhaço no ambiente hospitalar. 2013. Disponível em: <file:///C:/Users/PaulaFrancinnett.PaulaFran/Downloads/28127-111471-1-PB.pdf>. Acesso em: 02/10/2016.
RODRIGUES, André Furtado de Ayalla; FILHO, Wellington Jorge Nunes. A utilização do palhaço no ambiente hospitalar. 2013. Disponível em: <file:///C:/Users/PaulaFrancinnett.PaulaFran/Downloads/28127-111471-1-PB.pdf>. Acesso em: 02/10/2016.
LIMA, RAG et al . A
arte do teatro Clown no cuidado às crianças hospitalizadas. Revista da
Escola de Enfermagem, São Paulo, USP, v. 43, n. 1, mar. 2009.
MITRE,
R.M.A; GOMES, R. A perspectiva dos profissionais de saúde
sobre a promoção do brincar em hospitais. Cien.
Saude Coletiva, Rio de
Janeiro, v.12, n.5, p.1277-84.jul.2007.
*Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA;
**Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA;
***Aluno do curso de enfermagem e integrante da LAENFA.
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